Esta mostra estará patente numa das salas da Fábrica do Braço de Prata e dará a conhecer, até 10 de Junho, algumas das mais representativas peças do acervo do HCP, que integrarão a futura Casa do Jazz do Hot.

"Servirá para contar um bocadinho da história do Hot e do jazz em Portugal", disse à agência Lusa Inês Cunha, a responsável pelo tratamento museológico do espólio do Hot, grande parte do qual reunido pelo fundador do clube, Luís Villas-Boas.

Na exposição haverá fotografias de concertos e de artistas, cartazes de espectáculos e vários postos de escuta espalhados pelo espaço que permitirão ouvir gravações antigas de jazz.

O Hot Clube de Portugal, que está a celebrar 60 anos, funciona numa cave na Praça da Alegria, mas o espólio está depositado no edifício da escola do Hot, tem mais de quatro mil discos, três centenas de livros, quase 800 cartazes e 900 guiões de programas radiofónicos de Villas-Boas.

Inclui ainda cassetes, bobinas de gravações, preciosidades como uma grafonola para discos de 78 rotações, milhares de fotografias e um caderno com pautas de temas de jazz manuscritas por Villas-Boas.

Todos estes objectos e peças poderão ser vistos numa futura Casa do Jazz, que a direcção do Hot quer abrir no edifício onde está localizado o clube, mas o projecto está em suspenso.

"Nós queríamos que essa Casa do Jazz tivesse uma componente de investigação, com aulas e workshops, com um núcleo museológico integrado aberto à investigação, porque tudo o que está aqui está a ser inventariado, mas não está estudado", disse o presidente do Hot, Bernardo Moreira, à agência Lusa.

SS.