II Atlas do Priolo vai `contar` aves a 29 de junho em S. Miguel

Ponta Delgada, 28 abr (Lusa) -- A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) realiza a 29 de junho o II Atlas do Priolo, para contabilizar os exemplares desta pequena ave, que apenas existe na zona nordeste da ilha de S. Miguel, nos Açores.

Lusa /

"Numa manhã, vamos tentar contar todos os priolos com o apoio de 50 voluntários espalhados pelos concelhos de Nordeste e Povoação", afirmou Joaquim Teodósio, coordenador do projeto LIFE Laurissilva Sustentável, em declarações à Lusa à margem das VIII Jornadas do Priolo, que hoje terminam na Povoação.

Para a realização desta iniciativa, os voluntários vão tentar cobrir toda a área mundial onde existe esta espécie, que se resume aos concelhos de Nordeste e Povoação.

O I Atlas do Priolo foi realizado em 2008 e, segundo Joaquim Teodósio, permitiu identificar "entre 1.000 e 1.500" exemplares, o que possibilitou "ter uma ideia muito boa da população" desta pequena ave em risco de extinção.

Joaquim Teodósio salientou que as iniciativas realizadas nos últimos anos "têm permitido a recuperação" da espécie, que "tem registado uma evolução positiva ao longo da última década".

Na sequência dos esforços desenvolvidos, a população de priolo tem vindo a aumentar, estimando-se que existam atualmente entre 500 a 800 casais.

Esta melhoria permitiu alterar o seu estatuto de proteção, tendo o priolo deixado de ser uma espécie `Criticamente em Perigo de Extinção`, para ser uma espécie `Em Perigo de Extinção`.

Entre as iniciativas que permitiram obter este importante resultado, encontra-se o programa LIFE Priolo, que terminou em 2008, a que se seguiu o LIFE Laurissilva Sustentável, que termina este ano.

Este projeto visa conservar e recuperar os habitats naturais de floresta de laurissilva e de turfeiras de altitude no nordeste de S. Miguel, abrangendo a Serra da Tronqueira e as turfeiras do Planalto dos Graminhais.

"É uma zona muito importante de conservação do priolo", afirmou o coordenador do projeto, salientando que, no caso das turfeiras, "estão a ser intervencionados cerca de 80 hectares e estão a ser obtidos bons resultados".

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