Influência dos The Smiths analisada em simpósio no Reino Unido
O impacto social e cultural que a banda britânica The Smiths teve na música vai ser analisado em Abril numa conferência com vários especialistas de todo o mundo, revelou hoje a BBC.
Intitulado "Why Pamper Life`s Complexities", o simpósio decorrerá ao longo de dois dias em Manchester, local onde surgiram os The Smiths, e reunirá académicos e estudiosos para discutir a influência da banda da década de 1980.
"A música dos Smiths tinha uma profundidade emocional que chegava às pessoas de uma forma que até então nenhuma banda tinha conseguido", afirmou Justin O`Connor, especialista na música e cultura de Manchester, citado pela BBC News.
A conferência, que decorrerá a 08 e 09 de Abril na Metropolitan University, servirá ainda para discutir a inovação musical e estética trazida pelos Smiths, assim como a sua repercussão na cultura popular.
A vida dos The Smiths teve apenas cinco anos, de 1982 a 1987, durante os quais se firmaram como uma das mais importantes bandas pop rock dessa década, com repercussões nos anos 90.
Os The Smiths construíram uma identidade assente sobretudo nas letras de Morrissey (voz), com referências à literatura, à sua sexualidade, e nas composições, por vezes complexas, de Johnny Marr (guitarra), redefinindo a música britânica que suportava a sua sonoridade na guitarra eléctrica.
"The Smiths" (1984), "Meat is Murder" (1985), "The Queen is Dead" (1986) e "Strangeways, Here We Come" (1987) são os álbuns gravados pelos Smiths.
Entre os temas mais conhecidos contam-se "This Charming Man", "There is a Light That Never Goes Out", "How Soon is Now?" ou "Last Night I Dreamt that somebody loved me".
Desde o fim dos Smiths, Morrissey dedicou-se a uma carreira a solo e Marr colaborou em vários projectos musicais.