Kátia Guerreiro actua em Macau com a Orquestra Chinesa
Kátia Guerreiro apresenta-se quinta-feira, em Macau, com a Orquestra Chinesa, para interpretar alguns dos fados seus "com novos arranjos", disse a fadista à Lusa.
A fadista lançou na semana passada o seu novo álbum "Tudo ou nada" onde interpreta temas assinados por António Lobo Antunes, Maria Luísa Baptista, Paulo Valentim, entre outros.
Em declarações à agência Lusa, a artista - que é mandatária para a Juventude da candidatura de Aníbal Cavaco Silva à Presidência da República -afirmou estar "curiosa" quanto à "nova roupagem musical" dada aos fados com a sonoridade dos instrumentos chineses.
O projecto de actuar em Macau esteve agendado para acontecer o ano passado, mas cancelou-o "devido à pneumonia atípica".
Além de actuar com a Orquestra Chinesa, a fadista irá orientar um "workshop" para jovens aos quais irá "explicar o fado, as suas características e origens".
O álbum, editado pela Som Livre, reúne 14 temas, "surgidos de uma concha que é a equipa com quem trabalho, e que há que preservar por tão bem nos entendermos artisticamente", disse à Lusa.
Esta equipa é constituída por Paulo Valentim (guitarra portuguesa) João Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo e baixo acústico) que acompanham a fadista nesta sua deslocação a Macau.
Kátia Guerreiro editou o primeiro CD, "Fado Maior", em Junho de 2001, um trabalho cujas vendas ultrapassaram os 10.000 exemplares em Portugal e a L`Empreinte Digitale garantiu a edição mundial em Novembro de 2002.
Em Dezembro de 2003 editou o segundo álbum - "Nas mãos do fado" - onde, segundo o musicólogo Rui Vieira Nery, "largou amarras" e procura "com maior segurança" um "repertório próprio com toda a margem assumida".
Este ano a fadista participou, entre outros, no Festival +le de France, em Paris, e no Festival Internacional da Canção do Cairo e integra o parlamento Europeu para a cultura onde pretende "a defesa dos direitos dos artistas e da identidade cultural de cada um de nós".