"O Código Da Vinci - Making Of" é um volume que documenta os bastidores da produção dirigida por Ron Howard e protagonizada por Tom Hanks e Audrey Tautou, mostrando a rodagem do filme, que foi sujeita a apertadas medidas de segurança.

O processo das filmagens está representado através de 275 imagens dos actores, da equipa de produção, do cenário e do próprio filme, cujo argumento, da autoria do premiado guionista Akiva Goldsman (vencedor de um Óscar e de um Globo de Ouro em 2001 por "Uma Mente Brilhante"), é publicado na íntegra.

Do volume fazem ainda parte algumas cenas completas que foram excluídas da versão final da película.

O livro documenta igualmente a história da recriação digital e sonora da Igreja de Saint-Sulpice e o processo de transformação da Catedral de Lincoln (em Lincolnshire) na Abadia de Westminster, uma vez que as filmagens nestes dois locais não foram autorizadas.

A rodagem de "O Código Da Vinci" reacendeu a controvérsia gerada pelo romance, que desagradou às Igrejas Católica, Anglicana e Ortodoxa, que refutam a hipótese, avançada por Dan Brown, de um casamento com descendência entre Jesus Cristo e Maria Madalena.

As filmagens no Museu do Louvre, em Paris, a meio da noite e a recriação de uma secção da Grande Galeria do Museu num estúdio à prova de som, incluindo detalhes arquitectónicos e 120 telas pintadas a óleo, são outros dos aspectos focados no "Making of".

A obra inclui ainda notas manuscritas pelo realizador Ron Howard, mostra as transformações dos diálogos do argumento e a sua passagem de rascunho à versão final e inclui storyboards que foram usadas para programar as cenas antes do início da rodagem.

No prefácio do livro, Dan Brown revela que, ao ser contactado para a adaptação ao cinema, ficou preocupado com "o facto de Hollywood poder transformar este `thriller` sobre Arte e História numa perseguição de carros através de Paris em 90 minutos".

Prevenindo o leitor/espectador para as inevitáveis diferenças entre o romance e a película, o escritor norte-americano afirma que existe "um motivo muitíssimo bom para que os realizadores não façam cópias exactas e adaptações literais dos romances: as adaptações literais transformam-se em filmes péssimos".

No texto, em que recorda a emoção das filmagens nocturnas no Louvre, Dan Brown assegura que, além dos monumentos e dos códigos, o filme contém a essência do livro: "o convite silencioso para se reflectir acerca da fé, da religião e da História de um ponto de vista aberto e revigorante".

O "Making of" revela ainda, através de dois outros textos introdutórios, as impressões do realizador Ron Howard e do produtor Brian Grazer.

A Bertrand lança também hoje "O Código Da Vinci - Diário de uma Viagem", que inclui um itinerário dos locais percorridos pelos protagonistas e excertos do romance dedicados aos espaços, monumentos e obras de arte mais emblemáticos da intriga.

Para Paris, o caderno propõe um percurso pela cena do crime no museu do Louvre, a fuga dos protagonistas pelo Arco do Triunfo, a Gare Saint-Lazare e o Bosque de Bolonha, e a falsa pista seguida pelo monge albino Silas na Igreja de Saint-Sulpice.

Em Londres, está incluída uma visita à Igreja do Templo (com um plano do chão da igreja), ao King`s College, à Virgem dos Rochedos, na National Gallery, a St.James Park e à abadia de Westminster.

O caderno desafia igualmente os leitores a acompanhar os passos de Robert Landon e Sophie Neveu na Capela de Rossylin (Edimburgo), com a ajuda de um mapa do chão da capela.

O "diário" contém ainda uma série de viagens paralelas que passam pela residência papal de Verão, a Biblioteca de Astronomia do Vaticano e a sede do movimento Opus Dei, em Nova Iorque.

O filme "O Código Da Vinci" foi apresentado pela primeira vez ao público na quarta-feira à noite, na gala de abertura do Festival de Cannes, onde estiveram presentes o realizador e alguns dos principais actores.