Leburn Maddox abre na sexta-feira a 11.ª edição do Festival de Jazz de Minde
Alcanena, Santarém, 06 mai (Lusa) -- O norte-americano Leburn Maddox abre, na sexta-feira à noite, a 11.ª edição do Festival de Jazz de Minde, iniciativa que tem palco principal numa antiga fábrica têxtil nesta vila do concelho de Alcanena.
O programa de sexta-feira inclui ainda a banda espanhola The Blast e uma "Jam Blues Star Fest", "com muitos músicos nacionais e de Espanha liderados por Pedro Tatanka", afirma a organização deste certame no distrito de Santarém.
No sábado, além da estreia nacional do projeto "Wonder Wheel", de André Fernandes com Mário Laginha, o vibrafonista Jeffery Davis apresenta "LiftOff", projeto iniciado em 2001 com Óscar Graça (piano).
O Festival de Jazz de Minde nasceu de uma homenagem feita em 2004 ao mestre Jaime Chavinha, mas a aceitação do público fez com que, cumpridas 10 edições, "seja considerado e referenciado como um dos melhores festivais de jazz da zona centro do país", sublinha a organização.
"Muitos e bons músicos já passaram pelos palcos do JazzMinde, e, degrau a degrau, o festival tem vindo a pautar-se como um evento de prestígio e grande qualidade artística, com uma atmosfera muito `sui generis` e com um público muito entendido e entusiasmado", realça a nota de apresentação do festival.
Dinamizado pela Casa do Povo de Minde, o festival conta com o "voluntarismo de um vasto grupo de colaboradores" e visa a "dignificação do bom nome de Minde e do concelho de Alcanena como terras de música, arte e cultura".
A edição deste ano decorre em dois palcos, sendo o palco A destinado a concertos noturnos, numa antiga nave duma centenária fábrica desativada, com capacidade para 600 pessoas, e o palco B, com entrada gratuita, destinado a concertos diurnos em esplanada.
No sábado à tarde, no palco B, atua a "super banda Muri Muri", estando programadas para domingo as atuações de Paulo Brissos, Brainstorming e City Daggers Trio, sendo o grupo circense Ome Dual, de Barcelona, responsável pela animação do festival.
A escolha de uma antiga tinturaria de uma das mais importantes empresas têxteis do país, a Emídio da Silva Raposo, entretanto desativada, "descoberta" em 2011 para "cenário" do festival, "simboliza bem os anos dourados que a indústria têxtil viveu nos meados do século passado e a sua valorosa importância para o desenvolvimento de Minde", sublinha a organização.
O espaço "muito mítico, com um elevado pé-direito", foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcanena com o objetivo de o readaptar e instalar no local a "Fábrica de Cultura", para responder "às necessidades da grande atividade cultural que Minde desenvolve através das suas coletividades, desde a música, dança, teatro, pintura, cerâmica, artes performativas, entre outras", realça.