Livro revela a história do navegador Fernão Magalhães aos mais pequenos
Vila Real, 09 dez (Lusa) -- Os escritores Alexandre Parafita e Simone de Fátima Gonçalves juntaram-se para contar às crianças a história de Fernão Magalhães, num livro que pretende preencher uma lacuna no espaço educativo infantil, onde o navegador português continua "praticamente ignorado".
"Magalhães nos olhos de um menino" é da autoria do escritor transmontano Alexandre Parafita e da pedagoga brasileira Simone de Fátima Gonçalves, e conta com ilustrações de Rui Pedro Lourenço.
O autor revelou que se trata de uma "história repleta de aventuras, tormentos e mistérios, dominada pela visão inquietante de sereias, gigantes e monstros marinhos que fazem parte do imaginário nacional em torno dos Descobrimentos".
Mas é especialmente, acrescentou, a história do "homem que provou não haver um fim para o mar e mostrou ao mundo que, quando os sonhos são infinitos, nem a lei da morte os pode travar".
Alexandre Parafita sublinhou que a obra pretende, ao mesmo tempo, "preencher uma lacuna no espaço educativo infantil, onde a figura do navegador português continua praticamente ignorada".
Nos últimos três anos, mais de 90 por cento das escolas do 1º ciclo do ensino básico receberam o computador "Magalhães", ao abrigo do programa "e-escolinha", num total de mais de um milhão de computadores.
Contudo, salientou, a "esmagadora maioria" das crianças que usa tal equipamento não o associa ao navegador português ou desconhece em absoluto quem é esta figura pioneira da história do planeta.
Fernão Magalhães terá nascido na primavera de 1480, pressupõe-se que no norte do país.
Foi um navegador que, ao serviço do rei de Espanha, comandou a expedição marítima que efetuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo, acabando por ser morto por nativos nas Filipinas.
A obra foi escrita a duas mãos, por um autor português e uma autora brasileira, usando redes sociais e tecnologia interativa, e, dessa forma, procurou retratar também um pouco da "aldeia global" que, segundo Alexandre Parafita, Magalhães ajudou a construir.