Segundo os organizadores, as obras de Congo, pintadas em 1957, despertaram "um fantástico" interesse do público.

Depois de uma concorrida licitação, os três quadros passaram a ser propriedade do norte-ameriano Howard Hong, que disse ser "um entusiasta da arte moderna e contemporânea".

Alcunhado o "Cezane do mundo animal", Congo produziu mais de 400 desenhos e pinturas nos anos 1950, encorajado pelo antropólogo britânico Desmond Morris.

Célebre pelos seus livros e emissões televisivas sobre o mundo animal, o cientista chegou a expor quadros de Congo em Londres em 1957, convencido de que os chimpanzés têm uma sensibilidade artística.

Morris está convencido de que os primatas podiam entender alguns dos elementos da arte humana e incitou Congo a os seus instintos através da arte.

Conta-se que o próprio Picasso pendurou no seu atelier um quadro de Congo, cujo estilo qualificou "de expressionismo abstracto".

A galeria londrina Bonhams foi a primeira a leiloar uma obra de um chimpanzé.

"Ninguém foi suficientemente louco para o fazer. Estou seguro que as outras leiloeiras pensam que isto é uma loucura", afirmou o director de arte contemporâneo da Bonhams, Howard Rutkowski.