Maria Bethânia canta Vinicius de Moraes em Julho em Portugal
A cantora brasileira Maria Bethânia regressa em Julho a Portugal para cinco concertos, destinados a celebrar 40 anos de carreira e a recordar o poeta Vinicius de Moraes, revelou hoje a promotora à agência Lusa.
Maria Bethânia actua no Coliseu de Lisboa de 18 a 20 de Julho e no Coliseu do Porto nos dias 23 e 24. Os bilhetes, que variam entre os 20 e os 60 euros, já estão à venda.
Intitulado "Tempo, Tempo, Tempo, Tempo", o espectáculo que a cantora levará aos palcos portugueses combina êxitos de quatro décadas de carreira e temas do novo álbum, "Que falta você me faz", de tributo ao poeta Vinicius de Moraes, falecido em 1980.
No álbum, que devia ter saído em 2003 por ocasião dos 90 anos de Vinicius, Maria Bethânia reinterpreta mais de uma dezena de composições do poeta, algumas das quais musicadas por Chico Buarque, Tom Jobim ou Carlos Lyra.
Com a ajuda de Suzana de Moraes, filha do poeta, Bethânia escolheu 14 canções entre mais de 200 que considerava incontornáveis para poder prestar a devida homenagem ao autor da bossa nova.
O disco abre com "Modinha", uma das parcerias de Vinicius com Tom Jobim, que Maria Bethânia interpreta acompanhada pela pianista portuguesa Maria João Pires.
Da parceria Jobim/Vinicius, a cantora brasileira escolheu também "A Felicidade", "Mulher, Sempre Mulher" ou "Eu não existo sem você".
Há ainda "Samba da Bênção", de Baden Powell com Vinicius, que Maria Bethânia interpreta com o violinista Marcel Powell.
"Que falta você me faz" é, segundo Maria Bethânia, uma "declaração de amor alucinado" a Vinicius de Moraes, que a cantora conheceu em 1965, com 17 anos, quando chegou ao Rio de Janeiro vinda da Baía para participar num musical.
Desde então, Maria Bethânia construiu uma carreira de quarenta anos que fazem dela uma das mais importantes vozes femininas na música popular brasileira.
Antes do tributo a Vinicius de Moraes, a cantora editou "Brasileirinho", um trabalho de pesquisa sobre as raízes da música popular e tradicional do Brasil, "Maricotinha" e "A força que nunca seca".