A agremiação vencia o apuramento quando este foi suspenso, pouco antes das 18:00 horas (20:00 horas em Lisboa) de terça-feira. Após cinco horas de reunião, os dirigentes optaram por manter o resultado obtido até então.

A decisão foi anunciada em conferência de imprensa e contrariou a expectativa de que o campeão só fosse divulgado no decorrer do dia de hoje.

Este é o oitavo título da Mocidade no Carnaval paulistano, vencido com um enredo em homenagem ao escritor baiano Jorge Amado, cujo centenário de nascimento é comemorado este ano.

A vitória chega menos de dois meses depois do barracão da Mocidade, em que parte das alegorias eram guardadas, se ter incendiado, obrigando a escola a reconstruir alguns dos seus carros.

Ao todo, quatorze escolas apresentaram-se na sexta-feira e no sábado nos desfiles de Carnaval. As duas agremiações com menos pontos, Pérola Negra e Camisa Verde e Branco, caíram para a segunda divisão, o chamado Grupo de Acesso.

A disputa de terça-feira começou quando a organização lia o nono e último quesito analisado pelos jurados, a comissão de frente (dançarinos que abrem o desfile das escolas), e integrantes de agremiações derrubaram a grade que protegia o local.

Um homem com a camisa da escola Império de Casa Verde roubou e rasgou papéis com notas de jurados, acabando por ser detido pela polícia. De seguida, outros integrantes de escolas entraram em confronto com os seguranças, que não conseguiram detê-los, e um carro alegórico foi incendiado.

Cinco pessoas foram presas devido às disputas no Sambódromo do Anhembi, incluindo o integrante da Império de Casa Verde, segundo a imprensa local.

O mais provável motivo para os desentendimentos terá sido a discordância de algumas escolas em relação às notas e à troca de dois jurados na quinta-feira, véspera dos desfiles de Carnaval.