Monção volta a ter cinema após reabilitação de cineteatro

Monção, 22 fev (Lusa)- O concelho de Monção vai voltar a contar em abril com uma sala de cinema comercial face à reabertura do cineteatro João Verde após obras de reabilitação de 2,5 milhões de euros, anunciou hoje a autarquia.

Lusa /

Trata-se de um equipamento que abriu ao público em junho de 1949 mas que, segundo fonte da Câmara de Monção, com a "ascensão do vídeo e o declínio do cinema", foi encerrado pelos proprietários na primeira metade da década de oitenta do século XX e ficou "votado ao abandono".

"Pelo que ouço na rua, é a inauguração mais esperada pelas pessoas. Será um equipamento com a última tecnologia de som e imagem", garantiu o vice-presidente da Câmara de Monção.

Uma oferta que, lembra Augusto Domingues, surge precisamente numa altura em que no distrito de Viana do Castelo não existe mais oferta de cinema comercial.

"À nossa volta o cinema está fechado mas em Monção vai haver. Para o Portugal profundo, chegar um filme com três semanas depois da estreia no Porto ou em Lisboa, não é nada excessivo", admitiu ainda.

Trata-se de um edifício adquirido em 1998 pela autarquia por 350 mil euros. Seguiram-se obras de requalificação divididas por duas fases, a primeira adjudicada por 1,1 milhões de euros e que incidiu no exterior do imóvel. Contemplou a "consolidação dos paramentos e a execução de novas divisões, coberturas e caixilharias".

Englobou, ainda, o aumento da volumetria de forma a equipar o edifício com uma caixa de palco, numa intervenção global que recebeu uma comparticipação comunitária de 570 mil euros. A segunda fase da reabilitação custou 1,4 milhões de euros e envolveu a recuperação de tetos, paredes e pavimentos, entre outras, tendo recebido um apoio comunitário de 900 mil euros.

O "novo" cineteatro João Verde terá lotação para 300 pessoas e a inauguração oficial está agendada para 25 de abril. Além da projeção de filmes comerciais, concertos musicais e apresentação de peças de teatro, a Câmara prevê realizar no local seminários, colóquios, encontros e exposições.

As obras de recuperação e redimensionamento do edifício, explicou fonte da autarquia, compreenderam as "orientações e exigências" definidas pelo Instituto Português de Artes e Espetáculos.

Está prevista uma terceira fase de trabalhos, para o segundo piso do edifício, nomeadamente com a instalação de um café concerto e de um palco de apoio.

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