Morreu escritora judia alemã Anja Lundholm
A escritora de origem judia alemã Anja Lundholm, sobrevivente do Holocausto, faleceu no sábado aos 89 ans em Francfort, informou hoje a editora Langen Mueller Herbig.
Denunciada pelo seu pai, um farmacêutico nazi, Anja foi deportada, aos 26 anos, para o campo de concentração de Ravensbrück (leste da Alemanha) em 1944.
Numa primeira fase, trabalhou no interior do campo e, em seguida, numa oficina anexa da Siemens. Seria libertada em Abril de 1945, quando os nazis evacuaram o campo.
A escritora contou a sua experiência no campo em 15 obras, principalmente romances autobiográficos, como "Morgengrauen" e "Das Höllentor", mas escreveu também romances psicológicos. O seu primeiro livro, "Halb und Halb", foi publicado em 1966.
Nos anos 90 recebeu vários prémios literários, entre os quais o Hans-Sahl, o Prémio de Literatura da Federação dos Escritores Alemães e a Medalha Goethe.
Em 1941, com 23 anos, Anja Lundholm entrou em Itália com documentos falsos e juntou-se em Roma ao grupo de resistência internacional Lambert.
De acordo com o seu testemunho, foi denunciada pelo pai em 1943, seis meses após o nascimento da sua filha Diana e detida pela Gestapo antes de ser deportada para Ravensbrück.