Morte de Paulo Rocha "deixa um grande vazio no cinema português"

por Lusa

Lisboa, 29 dez (Lusa) - O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, lamentou hoje a morte do realizador Paulo Rocha, aos 77 anos, sublinhando que "deixa um grande vazio no cinema português".

Num comunicado enviado à agência Lusa pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), o governante destaca que o cineasta "realizou algumas das mais importantes obras do cinema português", dando o exemplo de "Verdes Anos" (1963) e, logo a seguir, "Mudar de Vida" (1966).

Para o secretário de Estado da Cultura, a obra de Paulo Rocha "irá continuar a marcar o trabalho de outros realizadores" do presente e do futuro.

Paulo Rocha estava internado num hospital privado na zona do Porto, cidade onde nasceu a 22 de dezembro de 1935, e faleceu hoje de manhã.

Também assinou "A Pousada das Chagas" (1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e "Vanitas" (2004).

Paulo Rocha assinou também dois ensaios fílmicos consagrados a Manoel de Oliveira e a Shohei Imamura, integrados na famosa série "Cinéastes de Notre Temps".

Depois de uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, partiu para França, onde estudou cinema no Institut des Hautes Études Cinématographiques e obteve um diploma de realização.

Foi assistente do francês Jean Renoir em "Le Caporal Épinglé" (1962) e do português Manoel Oliveira no "Ato da Primavera" (1963) e em "A Caça" (1964).

Tópicos
pub