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Museu do Fado mostra exposição "Celeste"

por Lusa
Celeste Rodrigues uma referência da história do fado D.R.-Museu do Fado

O Museu do Fado, em Lisboa, inaugura esta terça-feira a exposição “Celeste”, uma homenagem à fadista Celesta Rodrigues (1923-2018), que completaria 100 anos nesta data.

Na inauguração da exposição vão ser apresentados dois temas inéditos que Celeste Rodrigues gravou, aos 95 anos. São eles “Se Alguém me Procurar Pergunta ao Vento”, de Ricardo Maria Louro, com música de Pedro de Castro, e uma versão de Celeste Rodrigues de “A Noite do Meu Bem”, canção de Dolores Duran originalmente gravada em 1959.

Na inauguração da exposição atuam os músicos que acompanhavam habitualmente Celeste Rodrigues: o seu bisneto, Gaspar Varela, e Pedro de Castro, na guitarra portuguesa, André Ramos, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo.

No lançamento da exposição destaca-se que, uma das referências maiores da história do fado, Celeste Rodrigues faria 100 anos no dia 14 de Março de 2023. Recordar a sua vida e o seu legado é celebrar uma complexa geometria temporal que acompanha mais de sete décadas de actividade artística e que ilumina boa parte da história do Fado dos séculos XX e XXI.

No quadro do centenário de nascimento da artista, revisitamos o seu vastíssimo legado através da sua discografia, dos seus repertórios, troféus, galardões, adereços de actuação, periódicos, pinturas e filmes, numa exposição em que vários testemunhos se combinam para iluminar a sua biografia artística.

Ao refazermos o mosaico desta fascinante viagem, ganhamos uma mais nítida e fundada consciência do lugar central de Celeste Rodrigues na história do Fado e do seu papel na renovação deste género musical e na sua projecção internacional.

Celeste Rodrigues, numa entrevista à Lusa em maio de 2018, recordou que começou a cantar “por brincadeira”, numa “roda de amigos” em que estava o empresário de espetáculos José Miguel (1908-1972), que a convidou para fazer parte do elenco de uma das suas casas de fado, o Café Casablanca, em Lisboa, onde se estreou em 1945.

"O meu sonho não era ser artista, gostava imenso de cantar no meio dos fadistas, não em público, mas aconteceu", afirmou na altura, quando se preparava para celebrar 73 anos de carreira, no palco do Teatro Tivoli, em Lisboa, em maio de 2018, o seu último concerto.

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