Museu do Louvre reabre ao público três dias após polémico assalto

O Museu do Louvre está novamente aberto ao público. Estava fechado desde domingo, após o roubo de oito “joias da coroa francesa”, avaliadas em cerca de 88 milhões de euros. As autoridades ainda estão a tentar identificar os autores do crime e a localizar as peças roubadas.

Inês Moreira Santos - RTP /
Mohammed Badra - EPA

Às 9h00 locais, cumprindo o horário habitual, o Louvre reabriu portas e entraram os primeiros visitantes, desde aquele que é considerado um dos assaltos mais estranhos ao museu francês.

A Galeria Apollo, de onde foram roubadas as peças da era de Napoleão, continua, para já, encerrada.
As investigações ao assalto que ocorreu no domingo, em plena luz do dia no coração de Paris, ainda decorrem e as autoridades francesas continuam a procurar os quatro assaltantes.O museu mais visitado do mundo reabriu apenas esta quarta-feira, uma vez que encerra todas as terças-feiras para manutenção semanal.


Prevê-se que, também esta quarta-feira, a diretora do Louvre se pronuncie perante o Parlamento francês para explicar como é que os quatro ladrões conseguiram entrar no museu e roubar as joias da coroa, causando prejuízos estimados em 88 milhões de euros.
Laurence des Cars será ouvida pela ministra da Cultura esta tarde sobre as condições de segurança do museu parisiense, numa Comissão de Cultura do Senado.
O jornal francês Le Figaro noticiou que a curadora do Louvre, que até agora não se pronunciou sobre o caso, apresentou renúncia do cargo após o assalto, mas que Emmanuel Macron, em apoio, rejeitou a decisão.

Entre os objetos roubados estão oito joias da antiga coroa francesa, incluindo a tiara da imperatriz Eugénia, do século XIX. As autoridades confirmaram que quatro pessoas estiveram diretamente envolvidas no assalto e que poderão ter contado com "várias equipas de apoio".

A investigação, conduzida pela Jurisdição Especializada Inter-regional (Jirs) de Paris, mobiliza cerca de 100 investigadores.

O assalto à Galeria Apollo do Louvre, durante o dia e à vista dos visitantes, gerou forte polémica política e relançou o debate sobre a segurança das instituições culturais francesas, após as imagens do roubo terem sido amplamente divulgadas nos meios de comunicação internacionais.

c/ agências
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