Neurocirurgião João Lobo Antunes distinguido, por unanimidade, com o Prémio Universidade de Lisboa

Lisboa, 14 mar (Lusa) -- O neurocirurgião João Lobo Antunes foi distinguido, por unanimidade, com o Prémio Universidade de Lisboa, pelo seu contributo para o desenvolvimento e projeção da cultura científica em Portugal, anunciou hoje o júri do galardão.

Lusa /

Na ata do júri, ao qual presidiu o reitor da instituição, António Nóvoa, é sublinhado que Lobo Antunes, de 68 anos, é "uma das figuras que mais contribuiu para o desenvolvimento e projeção da moderna cultura científica em Portugal".

"A ele se deve uma vigorosa expansão de fronteiras institucionais, com particular destaque para a criação do Instituto de Medicina Molecular e, mais recentemente, para o processo de fusão que conduziu à nova Universidade de Lisboa", afirma o júri.

"Homem de densa cultura humanística e científica, João Lobo Antunes alia, de forma exemplar, a sua formação como neurocirurgião e professor universitário a uma intensa atividade de investigação e de intervenção cívica", sublinha o júri.

O Prémio é atribuído no âmbito de um protocolo celebrado em 2004 entre a Universidade de Lisboa e o Banco Santander Totta, e "tem por objetivo distinguir e premiar uma individualidade de nacionalidade portuguesa ou estrangeira, a trabalhar em Portugal há pelo menos cinco anos, cujos trabalhos, de reconhecido mérito científico e/ou cultural, tenham contribuído de forma notável para o progresso e o engrandecimento da Ciência e/ou da Cultura e para a projeção internacional do país", lê-se no regulamento.

Além de Nóvoa, constituíram o júri Luís Bento dos Santos, Eduardo Paz Ferreira, João Marcelino, Jorge Gaspar, José Carlos de Vasconcelos, José Maria Brandão de Brito, José Pedro Sousa Dias, Maria do Carmo Fonseca, Maria João Seixas, Paulo Teixeira Pinto e Simonetta Luz Afonso.

João Lobo Antunes doutorou-se em Medicina na Universidade de Lisboa, em 1983. Entre 1971 e 1984, foi bolseiro da Comissão Fullbright e professor associado no Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Columbia, no Estado de Nova Iorque, Estados Unidos.

Atualmente é diretor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, presidente da Academia Portuguesa de Medicina e do Instituto de Medicina Molecular.

João Lobo Antunes foi o primeiro médico português a implantar o olho eletrónico num invisual, em 1983.

Tem publicados mais de uma centena de artigos científicos, além de quatro livros de ensaios.

No ano passado o Prémio Universidade de Lisboa, no valor de 25 mil euros, foi entregue ao pensador Eduardo Lourenço.

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