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Nova administração da Casa da Música retoma figura de administrador-delegado

por Lusa
A Casa da Música tem novo Conselho de Administração Lusa

O Conselho de Fundadores da Casa da Música elegeu o novo Conselho de Administração para o triénio 2021-2023, e decidiu retomar a figura de administrador-delegado, que esteve em vigor apenas nos anos de 2006 a 2011.

Para a nova administração, que irá eleger entre si o presidente e o administrador-delegado, foram eleitos o economista António Marquez Filipe, que vem do conselho cessante, a consultora Graça Graça Moura, e os gestores Maria Antónia Portocarrero e Rui Amorim de Sousa, que já pertencera à administração da instituição, até 2013, segundo o comunicado divulgado esta noite, pelos serviços da Casa da Música.

Indicados pelo Ministério da Cultura, passam a fazer parte da administração os economistas Fernando Freire de Sousa, professor, gestor, que esteve na administração da Fundação Coleção Berardo e foi secretário de Estado para a Competitividade e Internacionalização, do antigo ministro Augusto Mateus (1996-1997), e Leonor Cerqueira Sopas, sua adjunta nesse gabinete, atual professora da Universidade Católica no Porto, membro da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência.

Nomeado pela Câmara do Porto, como anunciado há uma semana pela autarquia, é reconduzido o deputado municipal Luís Osório.

Do anterior conselho, cessam funções o presidente, José Pena do Amaral, a vice-presidente Rita Domingues, o jurista António Lobo Xavier e a economista Teresa Moura, a representante do Estado que restava na administração, depois da demissão, há um ano, do maestro José Luís Borges Coelho, por desacordo pelo modo como estava a ser gerida a relação com os trabalhadores precários da instituição.

No Conselho de Fundadores, Valente e Oliveira mantém-se como presidente. Para este órgão, foi também indicado, pelo Ministério da Cultura, como representante do Estado, o diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte.

De 2006 a 2011, o lugar de administrador-delegado da Casa da Música foi ocupado por Nuno Azevedo.

Na reunião desta terça-feira, foi igualmente aprovado o Relatório e Contas de 2020, "por unanimidade".Críticas severas dos trabalhadores
Num comunicado divulgado horas antes de conhecida a composição da nova administração, o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculo, Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), disse esperar a nova equipa seja mais do que "uma mudança de caras", e que o conselho cessante "não deixa saudades, sai pela porta mais pequena".

Para aquela organização sindical, "o que se espera de qualquer equipa dirigente é que, no final do seu mandato, deixe as coisas num estado melhor do que aquele em que as encontrou", o que "infelizmente" não aconteceu, ao fim de nove anos de sucessivos mandatos.

Do novo Conselho de Administração, os trabalhadores esperam uma abertura para o diálogo, de modo a encontrar "com urgência" soluções para as várias "situações ilegais e a extrema desorganização dos recursos humanos da Fundação", escreve o sindicato.

"No último ano foram despedidos mais de uma dezena de trabalhadores, apesar de desempenharem funções permanentes", afirma o sindicato.

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