Nove estruturas têm apoios confirmados nos concursos da área da Dança

Os resultados definitivos do concurso de Apoio Sustentado da Direção-Geral das Artes, na área da Dança, para 2020-2021, contemplam nove estruturas, com perto de 1,5 milhões de euros, confirmando os resultados provisórios divulgados em outubro.

Lusa /

De acordo com os resultados definitivos publicados pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), as estruturas contempladas com mais verbas são a Nome Próprio - Associação Cultural, da Região Norte, com direção artística de Victor Hugo Pontes, que receberá um financiamento total próximo de 251,4 mil euros, em 2020-2021, e Rumo do Fumo, da região de Lisboa, dirigida por Vera Mantero, que terá perto de 220,8 mil euros, durante o mesmo período.

Sucedem-se na lista de entidades com acesso a financiamento, em 2020-2021, a Associação Dançando com a Diferença, projeto inclusivo da região da Madeira, que soma mais de dez anos de trabalho envolvendo pessoas com e sem deficiências (198,2 mil euros), a Companhia Clara Andermatt, da coreógrafa de "Void" e "Fica no Singelo", de Lisboa (174,7 mil euros), e a Kale - Companhia de Dança, de Vila Nova de Gaia (163,3 mil euros).

Com valores entre os cem mil e os 150 mil euros de apoio, nos próximos dois anos, encontram-se três entidades sediadas nas regiões Alentejo, Centro e Norte.

Ao Ballet Contemporâneo do Norte, com sede em Santa Maria da Feira, fundado por Elsa Worm, com direção de Susana Otero, caberá um total de quase 148,6 mil euros.

A Vortice Dance Company, de Fátima, uma das mais internacionalizadas estruturas portuguesas, de Rafael Carriço e Cláudia Martins, terá acesso a perto de 138,4 mil euros, enquanto a Associação Parasita obtém um financiamento próximo dos 130 mil euros.

A lista de nove estruturas com financiamento através dos concursos bienais da DGArtes encerra com o Teatro do Silêncio, de Carnide, em Lisboa, dirigida por Miguel Bonneville e Maria Gil, com um financiamento 73,6 mil euros.

No total, as nove estruturas repartem entre si, durante os anos de 2020 e 2021, um valor próximo dos 1,5 milhões de euros, obtendo, porém, financiamentos inferiores aos montantes solicitados para a sua atividade.

Em 11 de outubro, quando foram conhecidos os resultados provisórios, os júris dos concursos alertaram para a insuficiência dos montantes disponíveis, em função das candidaturas, segundo as atas enviadas à DGArtes.

Na área da Dança, das 14 entidades consideradas elegíveis para apoio, pelo júri do concurso, apenas nove o obtiveram, ficando de fora estruturas como a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, de Vasco Wellenkamp e Graça Barroso, e o Quorum Ballet, dirigido por Daniel Cardoso.

Para os júris dos diferentes concursos, as determinações financeiras revelaram-se "desajustadas face à qualidade e diversidade das candidaturas (...) e aos montantes solicitados para apoio", como inscreveram nas atas dos resultados provisórios.

A divulgação dos apoios na área da Dança, homologados no passado dia 29, encerra o anúncio de resultados finais dos concursos abertos este ano do Programa de Apoio Sustentado à criação.

Terminado o processo, os resultados definitivos confirmam os provisórios e só 60% das candidaturas elegíveis para apoio pelos júris o vão receber.

Este número traduz-se em 102 estruturas, com apoio garantido, deixando sem financiamento 75 de um total de 177, que apresentaram candidaturas reconhecidas como elegíveis, em "qualidade e diversidade", pelos júris de todas as áreas.

Os resultados definitivos do Programa de Apoio Sustentado 2020-2021, à criação, têm vindo a ser conhecidos desde o passado dia 15, quando foram publicados os das Artes Visuais, que contemplam três entidades, com um financiamento total de 550 mil euros.

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