Cultura
Novos testes provam autenticidade da “outra Mona Lisa” de Leonardo de Vinci
A Mona Lisa que se encontra no Museu do Louvre em Paris não foi afinal a primeira versão do quadro pintada por Leonardo da Vinci. A honra pertence em vez disso a uma pintura descoberta no século passado em Inglaterra, que agora viu a sua autenticidade reconhecida. A obra denominada “Mona Lisa de Isleworth” foi submetida a testes e análises geométricas de peritos, que provaram tratar-se da versão original da obra-prima do mestre renascentista.
A pintura, descoberta em 1913, recebeu o nome de Mona Lisa de Isleworth por ter sido encontrada numa casa desta vila situada nos subúrbios ocidentais de Londres.
O quadro mostra uma mulher mais nova do que a que figura na famosa versão do Louvre, mas retratada numa pose semelhante.
Desde o início havia quem defendesse tratar-se de uma primeira versão da obra do famoso pintor, mas alguns peritos de arte duvidaram da autenticidade quando foi exposta em Genebra em setembro do ano passado.
"Provas esmagadoras"
Para tirar o caso a limpo, a fundação Mona Lisa, sediada na Suíça, encomendou uma série de testes, incluindo a datação por carbono 14 e uma análise à geometria, cujos resultados demonstram a autoria de Leonardo.
“Se se juntar estas novas descobertas ao manancial de estudos científicos e físicos que já existiam, penso que qualquer um considerará que as provas a favor da atribuição [do quadro] a Leonardo são esmagadoras” disse David Feldman, vice-presidente da fundação.
Feldman disse que, já depois da exibição pública do quadro, foi contactado pelo geómetra italiano Alfonso Rubino.
Análise geométrica
“Ele tinha feito uma análise muito extensa da geometria do Homem Vitruviano de Leonardo, e ofereceu-se para examinar a nossa pintura para ver se ela estava conforme”, disse.
Rubino concluiu que o quadro correspondia à geometria usada por Leonardo da Vinci e devia ser dele.
Outros testes realizados à tela que serve de suporte à pintura demonstraram que esta foi fabricada, quase de certeza, entre 1410 e 1455, provando ser falsa a alegação dos detratores que se tratava de uma cópia realizada em finais do século 16.
Testes anteriores, que incidiram sobre a técnica das pinceladas usadas, já tinham concluído que as duas Monas Lisas, a de Isleworth e a do Louvre, tinham sido pintadas pelo mesmo artista.
Versão inacabada
Documentos provam que o nobre florentino Francesco del Giacondo encomendou a da Vinci a pintura de um retrato da sua mulher Lisa. Os apoiantes da versão mais “jovem” dizem que ela foi, quase de certeza entregue, ainda por acabar a del Giacondo, antes de Leonardo deixar a Itália em 1506 e adotar residência em França, onde viria a morrer em 1519 num pequeno castelo do Loire.
Da casa do nobre florentino, a Pintura que agora é conhecida por Mona Lisa de Isleworth, terá chegado a Inglaterra pelas mãos de um aristocrata inglês que a comprou durante uma viagem a Itália.
A versão que é exibida no Louvre desde há mais de três séculos terá sido pintada por Leonardo por volta de 1516 já em França, ou seja, três anos antes da sua morte.
Polémica da autenticidade
Quando foi exibida a público pela primeira vez, a autenticidade da Mona Lisa de Isleworth foi ferozmente contestada por Martin Kemp, um perito em Leonardo da Vinci, que no ano passado argumentou haver “ demasiadas coisas erradas” com o quadro.
Feldman e os seus colegas da Fundação Mona Lisa contrapõem que Kemp nunca respondeu aos convites que lhe foram feitos para inspecionar, pessoalmente, a pintura.
O quadro mostra uma mulher mais nova do que a que figura na famosa versão do Louvre, mas retratada numa pose semelhante.
Desde o início havia quem defendesse tratar-se de uma primeira versão da obra do famoso pintor, mas alguns peritos de arte duvidaram da autenticidade quando foi exposta em Genebra em setembro do ano passado.
"Provas esmagadoras"
Para tirar o caso a limpo, a fundação Mona Lisa, sediada na Suíça, encomendou uma série de testes, incluindo a datação por carbono 14 e uma análise à geometria, cujos resultados demonstram a autoria de Leonardo.
“Se se juntar estas novas descobertas ao manancial de estudos científicos e físicos que já existiam, penso que qualquer um considerará que as provas a favor da atribuição [do quadro] a Leonardo são esmagadoras” disse David Feldman, vice-presidente da fundação.
Feldman disse que, já depois da exibição pública do quadro, foi contactado pelo geómetra italiano Alfonso Rubino.
Análise geométrica
“Ele tinha feito uma análise muito extensa da geometria do Homem Vitruviano de Leonardo, e ofereceu-se para examinar a nossa pintura para ver se ela estava conforme”, disse.
Rubino concluiu que o quadro correspondia à geometria usada por Leonardo da Vinci e devia ser dele.
Outros testes realizados à tela que serve de suporte à pintura demonstraram que esta foi fabricada, quase de certeza, entre 1410 e 1455, provando ser falsa a alegação dos detratores que se tratava de uma cópia realizada em finais do século 16.
Testes anteriores, que incidiram sobre a técnica das pinceladas usadas, já tinham concluído que as duas Monas Lisas, a de Isleworth e a do Louvre, tinham sido pintadas pelo mesmo artista.
Versão inacabada
Documentos provam que o nobre florentino Francesco del Giacondo encomendou a da Vinci a pintura de um retrato da sua mulher Lisa. Os apoiantes da versão mais “jovem” dizem que ela foi, quase de certeza entregue, ainda por acabar a del Giacondo, antes de Leonardo deixar a Itália em 1506 e adotar residência em França, onde viria a morrer em 1519 num pequeno castelo do Loire.
Da casa do nobre florentino, a Pintura que agora é conhecida por Mona Lisa de Isleworth, terá chegado a Inglaterra pelas mãos de um aristocrata inglês que a comprou durante uma viagem a Itália.
A versão que é exibida no Louvre desde há mais de três séculos terá sido pintada por Leonardo por volta de 1516 já em França, ou seja, três anos antes da sua morte.
Polémica da autenticidade
Quando foi exibida a público pela primeira vez, a autenticidade da Mona Lisa de Isleworth foi ferozmente contestada por Martin Kemp, um perito em Leonardo da Vinci, que no ano passado argumentou haver “ demasiadas coisas erradas” com o quadro.
Feldman e os seus colegas da Fundação Mona Lisa contrapõem que Kemp nunca respondeu aos convites que lhe foram feitos para inspecionar, pessoalmente, a pintura.