Cultura
"O Artista" foi o grande vencedor dos Óscares
O filme de tributo ao cinema mudo "O Artista" foi o grande vencedor da noite dos Óscares, em Hollywood, ao arrebatar cinco estatuetas, incluindo a de "Melhor filme", "Melhor ator" e "Melhor realizador".
“O Artista” e “A invenção de Hugo" – dois filmes onde o cinema é protagonista – eram os grandes favoritos e ambos terminaram a noite com cinco estatuetas douradas. Mas o francês dominou a concorrência, conquistando os principais galardões e remetendo o filme de Martin Scorsese para categorias técnicas, nomeadamente “Melhor direção artística” e “Melhor fotografia”.
A 84ª edição dos Óscares, os prémios mais importantes da indústria cinematográfica, marcou também o regresso de Billy Cristal como anfitrião da cerimónia, oito anos depois. O ator animou as hostes pela nona vez, numa gala que se prolongou por mais de três horas no teatro do centro Hollywood e Highland, em Los Angeles, Califórnia.
Para a entrega das estatuetas douradas subiram ao palco nomes como Bradley Cooper, Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Díaz, Michael Douglas, Tom Hanks, Angelina Jolie, Jennifer López e Emma Stone.
“O Artista” confirma favoritismo
O filme francês mudo e a preto e branco "O Artista” tem sido um dos mais nomeados e premiados nos últimos meses. Os Óscares não foram exceção, vencendo em metade das nomeações.
A vitória de “O Artista” traz ainda três inéditos às categorias principais: tornou-se o primeiro filme não anglo-saxónico a vencer o prémio de "Melhor filme" e marcou as estreias do realizador, Michel Hazanavicius, e do ator principal, Jean Dujardin – que, nomeados pela primeira vez, venceram os galardões nas respetivas categorias.
"Sou o realizador mais feliz do mundo neste momento", afirmou Hazanavicius ao receber a estatueta de "Melhor Realização".
“O Artista”, cuja história retrata a decadência do cinema mudo e os primórdios do sonoro, venceu ainda nas categorias de "Melhor guarda-roupa" e "Melhor banda sonora original".
No filme, Jean Dujardin é George Valentin, uma estrela do cinema mudo que se recusa a aceitar as mudanças na indústria, trazidas pela chegada do som à sétima arte. Valentin tenta produzir os seus próprios filmes mudos, mas a fama dá lugar ao insucesso, ao mesmo tempo que vê Peppy Miller (personagem interpretada por Bérénice Bejo) - uma jovem aspirante a atriz cuja carreira ajudou a lançar – ganhar protagonismo com a chegada do cinema sonoro.
“A Invenção de Hugo” é o grande derrotado
"A invenção de Hugo" – o grande rival de "O Artista" e o líder das nomeações (onze) – venceu nas categorias técnicas, arrebatando os Óscares de "Melhor fotografia", "Melhor direção artística", "Melhor montagem de som", "Melhor mistura de som" e "Melhores efeitos visuais".
O primeiro filme em 3D de Martin Scorsese, que já lhe tinha valido o Globo de Ouro de melhor realizador, é uma adaptação do livro "A invenção de Hugo Cabret", do escritor norte-americano Brian Selznick. Apesar de recorrer à tecnologia tridimensional, é uma homenagem aos primórdios do cinema, em particular ao cineasta e ilusionista George Melis.
Meryl Streep conquista terceiro Óscar da carreira
Meryl Streep venceu a categoria “Melhor atriz” com a interpretação da antiga primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, no filme “A Dama de Ferro”. O filme alcançou ainda a estatueta de "Melhor caraterização".
"Quero aproveitar este momento porque não sei se voltarei a estar aqui", disse, emocionada, a atriz americana ao receber o terceiro galardão da carreira.
Anteriormente galardoada com os filmes "Kramer contra Kramer" e "A escolha de Sofia", Meryl Sreep alcançou a marca de três Óscares detida pelos atores Ingrid Bergman, Jack Nicholson e Walter Brennan, sendo apenas superada por Katharine Hepburn, com quatro.
Christopher Plummer (“O Amor é Assim”) e Octavia Spencer ("As Serviçais") venceram os Óscares de melhores atores secundários.
O “Meia-Noite em Paris" de Woody Allen levou o Óscar de "Melhor argumento original", “Os Descendentes", de Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, ganhou na categoria de "Melhor Argumento Adaptado" e "Millennium 1: Os homens que odeiam as mulheres", de Angus Wall e Kirk Baxter, levou para casa a estatueta de “Melhor montagem”. “Rango” foi considerado o “Melhor filme de animação” de 2011.
Sasha Baron Cohen despeja cinzas de Kim Jong-il por cima de apresentador
A abertura da cerimónia dos Óscares foi precedida por um programa de hora e meia sobre a chegada dos convidados à passadeira vermelha, onde o comediante Sacha Baron Cohen – que integrou o elenco de “A invenção de Hugo" – voltou a causar polémica.
Tal como prometia, o ator britânico chegou vestido de ditador e segurando a suposta urna de Kim Jong-il, antigo ditador da Coreia do Norte que faleceu em dezembro. Durante uma entrevista rápida na passadeira vermelha a Ryan Seacrest, Sacha Baron Cohen surpreendeu todos os presentes ao despejar as supostas cinzas de Kim Jong-il por cima do apresentador, fingindo ter sido um acidente.
A ida do comediante britânico aos Óscares vestido de general Aladeen – o personagem principal do seu próximo filme "O Ditador" – causou polémica ainda antes da cerimónia, com a Academia a considerar impedir a entrada de Cohen na gala.
A 84ª edição dos Óscares, os prémios mais importantes da indústria cinematográfica, marcou também o regresso de Billy Cristal como anfitrião da cerimónia, oito anos depois. O ator animou as hostes pela nona vez, numa gala que se prolongou por mais de três horas no teatro do centro Hollywood e Highland, em Los Angeles, Califórnia.
Para a entrega das estatuetas douradas subiram ao palco nomes como Bradley Cooper, Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Díaz, Michael Douglas, Tom Hanks, Angelina Jolie, Jennifer López e Emma Stone.
“O Artista” confirma favoritismo
O filme francês mudo e a preto e branco "O Artista” tem sido um dos mais nomeados e premiados nos últimos meses. Os Óscares não foram exceção, vencendo em metade das nomeações.
A vitória de “O Artista” traz ainda três inéditos às categorias principais: tornou-se o primeiro filme não anglo-saxónico a vencer o prémio de "Melhor filme" e marcou as estreias do realizador, Michel Hazanavicius, e do ator principal, Jean Dujardin – que, nomeados pela primeira vez, venceram os galardões nas respetivas categorias.
"Sou o realizador mais feliz do mundo neste momento", afirmou Hazanavicius ao receber a estatueta de "Melhor Realização".
“O Artista”, cuja história retrata a decadência do cinema mudo e os primórdios do sonoro, venceu ainda nas categorias de "Melhor guarda-roupa" e "Melhor banda sonora original".
No filme, Jean Dujardin é George Valentin, uma estrela do cinema mudo que se recusa a aceitar as mudanças na indústria, trazidas pela chegada do som à sétima arte. Valentin tenta produzir os seus próprios filmes mudos, mas a fama dá lugar ao insucesso, ao mesmo tempo que vê Peppy Miller (personagem interpretada por Bérénice Bejo) - uma jovem aspirante a atriz cuja carreira ajudou a lançar – ganhar protagonismo com a chegada do cinema sonoro.
“A Invenção de Hugo” é o grande derrotado
"A invenção de Hugo" – o grande rival de "O Artista" e o líder das nomeações (onze) – venceu nas categorias técnicas, arrebatando os Óscares de "Melhor fotografia", "Melhor direção artística", "Melhor montagem de som", "Melhor mistura de som" e "Melhores efeitos visuais".
O primeiro filme em 3D de Martin Scorsese, que já lhe tinha valido o Globo de Ouro de melhor realizador, é uma adaptação do livro "A invenção de Hugo Cabret", do escritor norte-americano Brian Selznick. Apesar de recorrer à tecnologia tridimensional, é uma homenagem aos primórdios do cinema, em particular ao cineasta e ilusionista George Melis.
Meryl Streep conquista terceiro Óscar da carreira
Meryl Streep venceu a categoria “Melhor atriz” com a interpretação da antiga primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, no filme “A Dama de Ferro”. O filme alcançou ainda a estatueta de "Melhor caraterização".
"Quero aproveitar este momento porque não sei se voltarei a estar aqui", disse, emocionada, a atriz americana ao receber o terceiro galardão da carreira.
Anteriormente galardoada com os filmes "Kramer contra Kramer" e "A escolha de Sofia", Meryl Sreep alcançou a marca de três Óscares detida pelos atores Ingrid Bergman, Jack Nicholson e Walter Brennan, sendo apenas superada por Katharine Hepburn, com quatro.
Christopher Plummer (“O Amor é Assim”) e Octavia Spencer ("As Serviçais") venceram os Óscares de melhores atores secundários.
O “Meia-Noite em Paris" de Woody Allen levou o Óscar de "Melhor argumento original", “Os Descendentes", de Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, ganhou na categoria de "Melhor Argumento Adaptado" e "Millennium 1: Os homens que odeiam as mulheres", de Angus Wall e Kirk Baxter, levou para casa a estatueta de “Melhor montagem”. “Rango” foi considerado o “Melhor filme de animação” de 2011.
Sasha Baron Cohen despeja cinzas de Kim Jong-il por cima de apresentador
A abertura da cerimónia dos Óscares foi precedida por um programa de hora e meia sobre a chegada dos convidados à passadeira vermelha, onde o comediante Sacha Baron Cohen – que integrou o elenco de “A invenção de Hugo" – voltou a causar polémica.
Tal como prometia, o ator britânico chegou vestido de ditador e segurando a suposta urna de Kim Jong-il, antigo ditador da Coreia do Norte que faleceu em dezembro. Durante uma entrevista rápida na passadeira vermelha a Ryan Seacrest, Sacha Baron Cohen surpreendeu todos os presentes ao despejar as supostas cinzas de Kim Jong-il por cima do apresentador, fingindo ter sido um acidente.
A ida do comediante britânico aos Óscares vestido de general Aladeen – o personagem principal do seu próximo filme "O Ditador" – causou polémica ainda antes da cerimónia, com a Academia a considerar impedir a entrada de Cohen na gala.