OEI garante continuidade da promoção do português entre os 23 Estados-membros

por Lusa

Portugal recebeu hoje a garantia de que a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) manterá a direção-geral para a Promoção da Língua Portuguesa, indicou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"A OEI tem três direções-gerais, uma delas é a direção-geral para a Promoção da Língua Portuguesa, e eu recebi a garantia da continuidade dessa direção-geral, ponto que me parece muito importante", anunciou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que recebeu hoje o secretário-geral da organização, Mariano Jabonero.

"Queremos que o programa de promoção da língua portuguesa seja liderado a partir de Lisboa e para o efeito decidi nomear como sua diretora-geral a atual diretora da OEI em Lisboa, Ana Paula Laborinho", anunciou pelo seu lado, o secretário-geral da organização, em declarações à Lusa.

Santos Silva e Jabonero estiveram ainda a "examinar perspetivas para desenvolver a cooperação entre a OEI e o Instituto Internacional de Língua Portuguesa, que, na CPLP tem como missão a promoção da língua", acrescentou o ministro.

A OEI, criada em 1949, é o único organismo internacional com o estatuto de observador associado da CPLP e é composta por 23 estados-membros, na grande sua maioria, ibero-americanos.

O secretário-geral da organização destacou a decisão de "descentralizar" o programa de promoção da língua portuguesa juntos dos países membros da OEI, retirando-o do âmbito da secretaria geral da organização e autonomizando-o através de uma sede própria em Lisboa.

"O programa passa a ter a sua sede -- a direção-geral - em Lisboa" e essa é "uma aposta muito forte da OEI", disse Mariano Jabonero.

"A direção-geral de Promoção da Língua Portuguesa é nova, gere um programa de divulgação do português, que inclui a produção de artigos científicos em português e espanhol, a formação para docentes, etc.. Isso tem a ver com o facto de sermos a única organização internacional que é membro-observador da CPLP, [um estatuto que] queremos que se reforce mais", acrescentou.

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