Prémio Pessoa atribuído ao escritor e tradutor Frederico Lourenço

por RTP
O tradutor confessou à RTP ter ficado surpreendido e muito honrado pela atribuição deste prémio Facebook

O tradutor Frederico Lourenço é a personalidade distinguida com o Prémio Pessoa de 2016, anunciou esta sexta-feira o presidente do júri, Pinto Balsemão.

Frederico Lourenço traduziu para português a “Odisseia” e a “Ilíada”, de Homero, e encontra-se a traduzir do grego a Bíblia. O desafio deverá demorar cerca de três anos e os 80 livros serão organizados em seis volumes. O primeiro, com os quatro evangelhos, foi publicado em setembro pela editora Quetzal. O segundo sairá em março de 2017.

Será a versão mais completa da Bíblia editada em português, incluindo os 27 livros do Novo Testamento e os 53 livros do Antigo Testamento.

Frederico Lourenço nasceu em Lisboa em 1963 e obteve o doutoramento em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa, onde lecionou entre 1988 e 2009, antes de assumir o lugar de professor associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

O seu percurso profissional e criativo é caracterizado por uma variedade de interesses. Para além da centralidade dos estudos clássicos, Frederico Lourenço acompanha ainda áreas como a música, o romance, a poesia, o teatro, o ensaio, os estudos bizantinos ou a germanística.

O tradutor confessou à RTP ter ficado surpreendido e muito honrado pela atribuição deste prémio.

Acerca da tradução da Bíblia, confessou que este “é um trabalho apaixonante” e que “confirma a grande maravilha do texto bíblico sobre todos os pontos de vista, tanto para pessoas crentes como não crentes”. Segundo o tradutor, este é um “texto cheio de respostas”, mas também de perguntas.

O editor Francisco José Viegas, da Quetzal, referiu-se a Frederico Lourenço como "absolutamente notável, um autor de primeira linha, e um grande tradutor". Acredita ainda que esta distinção irá chamar à atenção para as culturas clássicas, cujo estudo "temos desprezado", contou à agência Lusa.

O Prémio Pessoa, iniciativa do jornal Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, é concedido anualmente e constitui a atribuição de um diploma e de 60 mil euros.
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