Programa PAGUS cria museu virtual e ajuda a reabilitar centro histórico e casas antigas de Guimarães
O Programa PAGUS permitiu, em Guimarães, a formação de 50 técnicos e empresários em reabilitação de casas antigas, a criação de um museu virtual e a expansão das vias de cicloturismo, disse hoje à Lusa fonte da autarquia minhota.
O vice-presidente da Câmara, Domingos Bragança, adiantou que o Programa de Assistência e Gestão Urbana Sustentável (PAGUS) "teve, antes de mais, um impacto positivo em matéria de reabilitação do centro histórico, através da criação de uma escola para empresários e técnicos".
"Tivemos 150 pessoas envolvidas nas várias oficinas e seminários da escola, oriundas das várias cidades europeia envolvidas, o que resultou num acréscimo de conhecimentos em matéria de recuperação de casas antigas", adiantou o nautarca.
O programa, uma iniciativa do INTERREG IIIC, teve a participação de seis regiões europeias: Itália (Umbria) Espanha (Galiza e Andaluzia), Portugal (Vale do Ave), Grécia (Macedónia) e Malta.
A iniciativa visou a promoção, o aperfeiçoamento e a conservação sustentável dos centros históricos europeus, de pequena e média dimensão, mediante intervenções integradas de requalificação do património edificado.
Englobou, ainda, acções de melhoria de acessibilidade física e mobilidade de pessoas e bens, mediante a tecnologia informática, e a instalação de serviços avançados de informação e assistência aos habitantes dos centros históricos.
Disse que foram estudados aspectos práticos, como a reconstrução de tabiques - estruturas que misturam madeira e estuque - e que eram típicas das casas dos séculos 17 e 18 em Guimarães.
A acção da escola envolveu, ainda, a criação de um blogue onde se pode visualizar toda a programação das aulas e as respectivas fotografias, no endereço http://pagusguimaraes.blogspot.com.
O autarca salientou também que, além dos projectos concretos que motivou, "o Pagus permitiu que as várias cidades envolvidas vissem o que de bom as outras estão a fazer, de modo a copiar as boas experiências e evitar as más".
Frisou que, no domínio das Acessibilidades e da Mobilidade de pessoas e bens, foram feitos estudos sobre trânsito e estacionamento no centro da cidade que servirão para a tomada de decisões, tendo sido decidido ampliar a pista de cicloturismo, levando-a de Silvares até Brito.
Na área das tecnologias de informação, o projecto permitiu a recolha de informação para os audioguias, a elaboração do estudo sobre a «Avaliação e Impacto da Banda Larga em Guimarães», e a adaptação, a formato digital, dos conteúdos da audiovisita em formato digital, MP3, para a versão criança e as versões de adulto em português e inglês.
Possibilitou, ainda, a adaptação dos conteúdos para inclusão no website da Zona de Turismo de Guimarães, em www.guimaraesturismo.com, e a concepção de um CD-Rom com os conteúdos das visitas audioguiadas em versão adulto e criança e a troca de experiências entre cidades facilitou o lançamento de um Museu Virtual da memória da cidade, que deverá entrar em funcionamento em 2009.
As três acções desenvolvidas em Guimarães implicaram um investimento de 457 mil euros, 75 por cento dos quais financiados pelo programa europeu.
Os projectos contaram com a cooperação do Ayuntamiento de Santiago de Compostela, do IGUS (Instituto Galego da Vivenda e Solo), dos Colégio de Arquitectos de Cádiz e de Granada, em Espanha, da Alta Scuola - Itália e da Restoration Unit, de Malta.
Participaram, ainda, os organismos, Xa Development SA, da Grécia, os Ayuntamientos de Ribadeo e de Arcos de La Frontera, Espanha, a Comune di Perugia e a Central COM, de Itália, a cidade de Kavala - Grécia e o VRP Valleta e a Unité de Restauration de Malte, Malta e a Democritus Université (Macédoine de l`Est & Trace), Grécia.