Contactada pela agência Lusa, Margarida Gil, presidente da APR, lamentou os problemas de saúde que levaram à saída do secretário de Estado, anunciada na quarta-feira à noite pelo seu gabinete, e estimou as melhoras do governante, que deverá manter-se no cargo até ao final de outubro.

"Não somos ingratos, este secretário de Estado mostrou um esforço e interesse na aprovação da nova Lei do Cinema. Esperamos que o próximo mantenha o mesmo empenho na regulamentação", declarou a cineasta.

Margarida Gil revelou à Lusa que a APR vai entregar na sexta-feira ao Instituto do Cinema e do Audiovisual um documento com a proposta da entidade para a regulamentação da lei.

"O cinema está paralisado. Os apoios dependem da regulamentação da lei, por isso ela é tão urgente", defendeu.

Para a responsável, a saída de Francisco José Viegas "deixa um bom trabalho a meio", mas espera que o futuro titular "tenha sensibilidade para ouvir os artistas".