A reinauguração dos 700 metros da "Passarela do Samba" (nome oficial do Sambódromo) foi marcada por uma corrida a pé na qual participaram "mil pessoas disfarçadas", segundo a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA), que organiza os desfiles.

Na cerimónia, em que participava nomeadamente o presidente do Comité Olímpico Brasileiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, declarou que há ainda "alguns ajustamentos" por fazer até aos desfiles, segundo o site G1, da Globo.

Na passada quarta-feira, Niemeyer, atualmente com 104 anos, visitou as obras de renovação e declarou: "Está muito bem, melhorou bastante. Não é apenas o meu trabalho mas também o de toda uma equipa. Isso vai aumentar o entusiasmo da população".

Nascido a 15 de dezembro de 1907 no Rio, Oscar Niemeyer concebeu mais de 600 projetos arquitetónicos em todo o mundo, ao longo de mais de 70 anos de carreira.

O novo sambódromo terá mais 12.500 lugares, ou seja, 72.500 no total, rampas de acesso para deficientes e elevadores.

Além dos desfiles das escolas de samba no Carnaval, acolherá algumas provas dos Jogos Olímpicos de 2016, como o tiro ao arco e a meta de chegada da maratona.

Cerca de 600 operários trabalharam 24 sobre 24 horas desde outubro na renovação do sambódromo inaugurado em 1983.

As obras custaram 30 milhões de reais (13 milhões de euros) e foram financiadas pela AmBev, filial do grupo belgo-brasileiro Anheuser-Busch InBev, principal fabricante de cerveja mundial.

Mais de cinco milhões de pessoas, das quais 850 mil turistas, são esperadas esta ano no Carnaval do Rio, segundo o secretário do Turismo do Rio de Janeiro, Antonio Pedro Figueira de Mello.