Roubo no Louvre. Museu estima prejuízo de 88 milhões de euros

A procuradora parisiense Laure Beccuau anunciou esta terça-feira que os danos resultantes do roubo de joias no Louvre, no último domingo, foram avaliados pelo curador do museu em 88 milhões de euros só em danos económicos.

RTP /
Foto: Benoit Tessier - Reuters

"Os danos foram estimados pelo curador do Louvre em 88 milhões de euros", uma quantia "extremamente importante". A perda não é, no entanto, “de forma alguma paralela ou comparável aos danos históricos" causados pelo roubo, argumentou a procuradora à RTL.

Segundo a procuradora Laure Beccuau, as perdas históricas são incalculáveis e os criminosos não conseguiriam chegar a esse valor "se tivessem a péssima ideia de derreter estas jóias". 

Por isso, espera a procuradora de Paris, talvez se possa esperar que os criminososo não destruam as jóias dela sem motivo.

Neste montante não estão incluídos os estragos no Museu, na sala, nas janelas e nem o custo de encerramento do Louvre. 
Jóias roubadas são "muito revendáveis"

Em entrevista à RTL, na segunda-feira, o historiador francês Vincent Meylan indicou que os criminosos "não levaram os diamantes grandes - como o Regente - que são invendáveis por serem demasiado grandes e conhecidos". 

Segundo ele, as jóias roubadas são "muito revendáveis", uma vez que são jóias com pedras coloridas que podem ser recortadas com relativa facilidade e revendidas num mercado secundário (de ocasião).
Ministra garante que segurança não falhou

A ministra francesa da Cultura, Rachida Dati, garantiu esta terça-feira aos deputados na Assembleia que os dispositivos de segurança "funcionaram", após ter sido ter sido apontado como responsável pelo roubo. 

"Os dispositivos de segurança do Museu do Louvre falharam? Não, não falharam. É uma realidade. Os dispositivos de segurança funcionaram", afirmou.

Rachida Dati prometeu que a investigação administrativa anunciada, pela própria, "irá, com total transparência, detalhar os acontecimentos ocorridos no último domingo"."A segurança dos nossos museus e de todos os locais patrimoniais deve ser abordada de forma muito mais ampla", defendeu. 
Vitrines representaram avanço em termos de segurança

Também a direção do Louvre defendeu a qualidade das vitrines quebradas durante o assalto. 

"O Museu do Louvre afirma que as vitrines instaladas em dezembro de 2019 representaram um avanço considerável em termos de segurança, uma vez que o grau de obsolescência dos equipamentos antigos era comprovado e teria levado, sem a substituição, à retirada das obras da vista do público", declarou. 

O museu do Louvre manteve-se encerrado esta terça-feira. 

No terreno continua uma centena de investigadores na caça ao homem e às oito jóias roubadas.
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