Cultura
"Ser Pai do século XXI"
Como são os pais dos dias atuais? Seremos ainda conservadores da disciplina masculina em que a agressividade e a figura de macho alfa impera? O online da RTP foi saber como são afinal os pais do século XXI.
Ser pai é cada vez mais um desafio. Mais que uma missão, a questão da parentalidade é colocada do ponto de vista social como formativa, educativa e afectiva, em que todos os factores têm de estar interligados sob pena de perda funcional da criança.
Então como deveremos ser? Pais autoritários, pais passivos ou pais democráticos? Qual será o melhor modelo de paternidade e qual o mais aconselhado em pleno Século XXI?
As perguntas parecem ter resposta num equilíbrio entre eles, embora nem sempre seja fácil de alcançar.
Manuel Coutinho é psicólogo no Instituto de Apoio à Criança (IAC), falou com o online da RTP e explicou a diferença entre o pai exclusivamente autoritário e o pai democrático.
“Um bom pai é aquele que educa por amor mas também aquele que sabe limitar por amor”, diferenças que o psicólogo Manuel Coutinho dizem fazer toda a diferença nos dias que correm.
Assumir a paternidade e ser pai é considerado um dos principais desafios da atual sociedade - valores em quase tudo diferentes dos modelos que nos foram transmitidos pelos nossos pais que foram na grande maioria "buscar" inspiração à geração anterior.
Para Manuel Coutinho, o progenitor que sabe acolher, respeitar a mãe do filho e aquele que transmite valores ao filho é o verdadeiro pai no sentido da "função matriarcal".
Para o psicólogo do IAC, os pais masculinos já não são mais os financiadores da criança nem o garante dos bens materiais mas sim um elemento indispensável no seio do núcleo familiar.
A educação exclusivamente masculina não é fator obrigatório de uma conduta mais violenta ou disfuncional, diz o investigador e seguidor de vários casos em que existem maus tratos em crianças: "A agressão física e psicológica faz-se sentir com maior vigor em casais heterossexuais", afirma.
Centenas de crianças em Portugal esperam em instituições por uma família de acolhimento - famílias essas que devido a questões físicas ou legislativas são impedidas de adoptar, deixando em ambos os casos máculas para toda a vida.
Manuel Coutinho considera o problema incompreensível e explica que a alternativa existe porque, no entender deste psicólogo, “prender” uma criança, devido a problemas burocráticos, às instituições é pior do que deixá-la ser adoptada por um casal do mesmo sexo.
Quanto ao actual papel do pai, a complementaridade com a mãe é a solução para um equilibrado estado psíquico e social da criança.
Os desafios para os pais do século XXI estão no entanto a crescer e com a geração dos telemóveis, dos chats e da internet, em que a autonomia e parece ter ocupado um espaço anteriomente exclusivo da família.
Neste contexto, como educar um filho? Teremos de ser novamente pais autoritários? Ou agir com passividade? Mais uma vez o equilibrio está no meio.
Ser pai e mãe democrata, obviamente, mas democracia não implica negociar até ao impasse, inversão de valores ou laxismo, porque a democracia exige decisão.
Os pais não são nem nunca podem ser "colegas" dos filhos, mas pais, onde o afeto existe mas com firmeza, porque os pais que amam os filhos educam e estabelecem regras.
Então como deveremos ser? Pais autoritários, pais passivos ou pais democráticos? Qual será o melhor modelo de paternidade e qual o mais aconselhado em pleno Século XXI?
As perguntas parecem ter resposta num equilíbrio entre eles, embora nem sempre seja fácil de alcançar.
Manuel Coutinho é psicólogo no Instituto de Apoio à Criança (IAC), falou com o online da RTP e explicou a diferença entre o pai exclusivamente autoritário e o pai democrático.
“Um bom pai é aquele que educa por amor mas também aquele que sabe limitar por amor”, diferenças que o psicólogo Manuel Coutinho dizem fazer toda a diferença nos dias que correm.
Assumir a paternidade e ser pai é considerado um dos principais desafios da atual sociedade - valores em quase tudo diferentes dos modelos que nos foram transmitidos pelos nossos pais que foram na grande maioria "buscar" inspiração à geração anterior.
Para Manuel Coutinho, o progenitor que sabe acolher, respeitar a mãe do filho e aquele que transmite valores ao filho é o verdadeiro pai no sentido da "função matriarcal".
Para o psicólogo do IAC, os pais masculinos já não são mais os financiadores da criança nem o garante dos bens materiais mas sim um elemento indispensável no seio do núcleo familiar.
A educação exclusivamente masculina não é fator obrigatório de uma conduta mais violenta ou disfuncional, diz o investigador e seguidor de vários casos em que existem maus tratos em crianças: "A agressão física e psicológica faz-se sentir com maior vigor em casais heterossexuais", afirma.
Centenas de crianças em Portugal esperam em instituições por uma família de acolhimento - famílias essas que devido a questões físicas ou legislativas são impedidas de adoptar, deixando em ambos os casos máculas para toda a vida.
Manuel Coutinho considera o problema incompreensível e explica que a alternativa existe porque, no entender deste psicólogo, “prender” uma criança, devido a problemas burocráticos, às instituições é pior do que deixá-la ser adoptada por um casal do mesmo sexo.
Quanto ao actual papel do pai, a complementaridade com a mãe é a solução para um equilibrado estado psíquico e social da criança.
Os desafios para os pais do século XXI estão no entanto a crescer e com a geração dos telemóveis, dos chats e da internet, em que a autonomia e parece ter ocupado um espaço anteriomente exclusivo da família.
Neste contexto, como educar um filho? Teremos de ser novamente pais autoritários? Ou agir com passividade? Mais uma vez o equilibrio está no meio.
Ser pai e mãe democrata, obviamente, mas democracia não implica negociar até ao impasse, inversão de valores ou laxismo, porque a democracia exige decisão.
Os pais não são nem nunca podem ser "colegas" dos filhos, mas pais, onde o afeto existe mas com firmeza, porque os pais que amam os filhos educam e estabelecem regras.