Cultura
Será que a sexta-feira 13 é mesmo dia de azar?
A sexta-feira 13 é, para muitos, sinal de pouca sorte. As superstições assumem várias formas e os cuidados também. Vários episódios da história explicam a origem da parascavedecatriafobia, a fobia deste dia. Mas será que há mesmo razão para ter medo da sexta-feira quando esta coincide com o dia 13?
Há quem considere "perigoso" ter 13 pessoas à mesa, algumas pessoas evitam casar-se neste dia e outras nem pensam assinar um contrato quando é sexta-feira 13. Os demasiado supersticiosos chegam mesmo a não guiar neste dia.
Mas será que há alguma prova estatística que suporte que esta data é, realmente, de pouca sorte?
"Não existe informação, e nunca existirá, que confirme que o número 13 é um número de azar", afirmou Igor Radun, no Grupo de Factores Humanos e Comportamento de Segurança da Universidade de Helsínquia numa entrevista ao portal Live Science.
Contudo, existe uma designação para o medo específico de sextas-feiras 13. A parascavedecatriafobia, ou frigatriscaidecafobia, é o medo incontrolável deste dia.
Cristina Candeias, astróloga, acredita que a data corresponde a um dia normal e que não há que ter medo dele. Afirma que é na cabeça das pessoas que está o problema.
Assim, e dada a relevância que se dá ao dia em questão, sempre que alguma coisa acontece e que tem uma conotação negativa, esse momento fica marcado na memória das pessoas como consequência de ser dia 13 a uma sexta-feira.
Cristianismo como influência
Há momentos da história, maioritariamente da teologia cristã, que justificam o receio do dia 13 e outros que fazem da sexta-feira um dia menos bom. Quando coincidem, popularmente considera-se um dia de azar. O medo deste dia é, na verdade, uma combinação de dois medos: o do número 13 e o de sextas-feiras.
Em Portugal, no castelo de Montalegre, em Trás-os-Montes, há a maior festa de celebração da sexta-feira 13.
O número adquiriu uma conotação negativa em momentos como a Última Ceia e o alcançar da vida eterna, 13.º estágio da vida para os egípcios, conseguido depois da morte. No tarot, a carta 13 corresponde à morte. Na Última Ceia estavam 12 apóstolos com Jesus, sendo que o último a chegar foi Judas, aquele que o traiu.
Na numerologia, o 12 é considerado completo por causa dos 12 meses do ano, 12 tribos de Israel, 12 constelações do Zodíaco. O 13 surge como o incompleto, irregular e mesmo o infortúnio.
À sexta-feira estão, alegadamente, ligados acontecimentos como o dia da crucificação de Jesus e o dia em que Frigga – a deusa nórdica do amor e do sexo que deu origem ao nome Friday (sexta-feira, em inglês) – foi transformada em bruxa, por ser uma ameaça ao cristianismo, dominado por homens na altura. Esta consideração foi feita para difamar o dia que homenageava esta deusa: precisamente a sexta-feira.
Hoje em dia, os marinheiros ingleses evitam sair com os seus navios à sexta-feira.
Surge, aqui, uma ligação também ao número 13, por se acreditar que a mulher terá começado a reunir-se com 11 bruxas e o diabo para rogar pragas aos humanos.
Estudo alemão refuta dia de azar
Um estudo levado a cabo na Alemanha sobre o dia 13 à sexta-feira concluiu que este dia é, na verdade, mais seguro que os outros.
Publicado pelo Centro Alemão de Estatísticas de Segurança (CVS), escreve a Reuters, a investigação revelou que acontecem menos acidentes neste dia e que os registos de incêndio e roubo ocorrem em menor quantidade quando o calendário marca esta data.
"Custa-me a acreditar que é porque as pessoas são mais cautelosas ou porque simplesmente ficam em casa, mas estatisticamente falando, é mais seguro guiar a uma sexta-feira 13", afirmou Alex Hoen, da CVS, à revista especializada em segurança Verzekerd.
De acordo com o grupo, gatos pretos, escadas abertas e a lua cheia são apenas partes da natureza, integrados no quotidiano tal como noutra qualquer data.
Mas será que há alguma prova estatística que suporte que esta data é, realmente, de pouca sorte?
"Não existe informação, e nunca existirá, que confirme que o número 13 é um número de azar", afirmou Igor Radun, no Grupo de Factores Humanos e Comportamento de Segurança da Universidade de Helsínquia numa entrevista ao portal Live Science.
Contudo, existe uma designação para o medo específico de sextas-feiras 13. A parascavedecatriafobia, ou frigatriscaidecafobia, é o medo incontrolável deste dia.
Cristina Candeias, astróloga, acredita que a data corresponde a um dia normal e que não há que ter medo dele. Afirma que é na cabeça das pessoas que está o problema.
Assim, e dada a relevância que se dá ao dia em questão, sempre que alguma coisa acontece e que tem uma conotação negativa, esse momento fica marcado na memória das pessoas como consequência de ser dia 13 a uma sexta-feira.
Cristianismo como influência
Há momentos da história, maioritariamente da teologia cristã, que justificam o receio do dia 13 e outros que fazem da sexta-feira um dia menos bom. Quando coincidem, popularmente considera-se um dia de azar. O medo deste dia é, na verdade, uma combinação de dois medos: o do número 13 e o de sextas-feiras.
Em Portugal, no castelo de Montalegre, em Trás-os-Montes, há a maior festa de celebração da sexta-feira 13.
O número adquiriu uma conotação negativa em momentos como a Última Ceia e o alcançar da vida eterna, 13.º estágio da vida para os egípcios, conseguido depois da morte. No tarot, a carta 13 corresponde à morte. Na Última Ceia estavam 12 apóstolos com Jesus, sendo que o último a chegar foi Judas, aquele que o traiu.
Na numerologia, o 12 é considerado completo por causa dos 12 meses do ano, 12 tribos de Israel, 12 constelações do Zodíaco. O 13 surge como o incompleto, irregular e mesmo o infortúnio.
À sexta-feira estão, alegadamente, ligados acontecimentos como o dia da crucificação de Jesus e o dia em que Frigga – a deusa nórdica do amor e do sexo que deu origem ao nome Friday (sexta-feira, em inglês) – foi transformada em bruxa, por ser uma ameaça ao cristianismo, dominado por homens na altura. Esta consideração foi feita para difamar o dia que homenageava esta deusa: precisamente a sexta-feira.
Hoje em dia, os marinheiros ingleses evitam sair com os seus navios à sexta-feira.
Surge, aqui, uma ligação também ao número 13, por se acreditar que a mulher terá começado a reunir-se com 11 bruxas e o diabo para rogar pragas aos humanos.
Estudo alemão refuta dia de azar
Um estudo levado a cabo na Alemanha sobre o dia 13 à sexta-feira concluiu que este dia é, na verdade, mais seguro que os outros.
Publicado pelo Centro Alemão de Estatísticas de Segurança (CVS), escreve a Reuters, a investigação revelou que acontecem menos acidentes neste dia e que os registos de incêndio e roubo ocorrem em menor quantidade quando o calendário marca esta data.
"Custa-me a acreditar que é porque as pessoas são mais cautelosas ou porque simplesmente ficam em casa, mas estatisticamente falando, é mais seguro guiar a uma sexta-feira 13", afirmou Alex Hoen, da CVS, à revista especializada em segurança Verzekerd.
De acordo com o grupo, gatos pretos, escadas abertas e a lua cheia são apenas partes da natureza, integrados no quotidiano tal como noutra qualquer data.