Sete escultores fazem peças ao ar livre para implantar no concelho de Vila Verde

por Agência LUSA

Sete escultores portugueses e espanhóis trabalham em Vila Verde ao ar livre, na criação de obras de arte que serão instaladas em locais estratégicos do concelho, disse hoje fonte do Município.

Abrigados em tendas montadas no Campo da Feira, os escultores moldam blocos de pedras, madeira e aço, usando rebarbadeiras, martelos, marretas e ponteiros, para produzirem peças com temáticas ligadas à história e à cultura do concelho.

"Estas esculturas reforçam a dimensão de Vila Verde enquanto museu ao ar livre, valorizando o seu património sócio-cultural, ambiental e arquitectónico", disse à agência Lusa, o presidente da Câmara, José Manuel Fernandes, salientando que "a iniciativa marca as comemorações em curso dos 150 anos do município,".

O autarca adianta que o Simposium de Escultura, que decorre até 10 de Maio, antecede a Bienal Internacional de Arte Jovem, a 09 de Junho, nas festas de Santo António.

No simpósio participam os portugueses Isaque Pinheiro, João Sotero, Manuel Patinha e Paulo Neves, e os espanhóis Paco Pestana, Ramon Conde e Xico Lucena.

O lisboeta Isaque Pinheiro faz uma obra em mármore, intitulada «Parla», para implantar na Praça de Lohmar, onde invoca o silêncio e a arte de escutar através de um bloco com a forma de um embrulho e uma orelha no exterior.

O açoriano João Sotero cria uma obra em chapa de "aço- corten", chamada «Tradição em Movimento» para ficar junto à Escola Secundária, nela realçando os ícones das tradições culturais e populares.

Manuel Patinha, de Póvoa de Santa Iria, constrói uma «Torre dos Padroeiros», em granito e com quatro metros, evocando o património e as tradições religiosas da região.

O galego Paco Pestana «inventa» um conjunto de três figuras, colocadas no cimo de pilares com 13 metros, em madeira, invocando a dimensão sobrenatural da vida. A peça «Sonhando em Portugal»a ficará na rotunda de Coucieiro.

Paulo Neves, de Oliveira de Azeméis, produz a escultura «Pensamentos» - uma pirâmide de cubos de mármore de Estremoz, que ficará no Largo Antunes Lima, em Prado.

Ramon Conde, de Ourense-Espanha, usa uma pedra xistosa para fazer uma figura humana dobrada sobre si própria, invocando as gentes de montanha. A «Angústia» ficará no Complexo de Lazer de Vila Verde.

Xico Lucena assume a criação do «Ponto de Encontro», um livro aberto, em granito, com uma folha do passado e outra do futuro unidas por cabos de aço. Ficará no Jardim da Avenida António Sérgio.

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