Sétima legião reúne-se e volta a tocar hoje no Frágil
A Sétima Legião volta a tocar hoje, no Frágil, em Lisboa, celebrando os seus 25 anos e tendo no horizonte vários projectos, nomeadamente um novo concerto numa sala de Lisboa.
Em declarações à Lusa, Rodrigo Leão, um dos elementos da banda, disse que "o concerto de hoje é essencialmente uma reunião de amigos, mas projectamos vir a dar um concerto no final do ano numa grande sala de Lisboa".
Relativamente a outros projectos do grupo de amigos, citou a edição em DVD do concerto de 1989, realizado no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, "no auge do grupo", e ainda um documentário sobre a história da banda.
"A ideia do documentário é do Nuno Guedes e Paulo Prazeres, mas ainda está em estado embrionário. Em projecto está também a edição de quatro temas cantados em inglês que a banda nunca editou", precisou.
Quanto à noite de hoje Rodrigo Leão indicou que irão tocar durante cerca de 40 minutos "os temas mais emblemáticos da banda" como "Sete mares", "Porque não esqueci" e "Um tempo ausente".
Ao "grupo de amigos" irão juntar-se o autor das primeiras letras, Francisco Meneses, para interpretar "Aguarela", e Tiago Lopes, que ainda hoje trabalha com Rodrigo Leão, no tema "Glória".
"O essencial é que éramos amigos antes de a banda se efectivar e hoje, apesar de cada um seguir caminhos diferentes, essa amizade se mantém", assinalou Rodrigo Leão.
O grupo juntou-se há quatro anos para compor uma nova canção, inserida na colectânea "Frágil 21" e hoje o seu concerto faz parte das comemorações dos 25 anos daquela discoteca lisboeta.
Formaram a "legião" Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão, (baixo e teclas) , Nuno Cruz (bateria e percussão) , Gabriel Gomes (acordeão) , Paulo Marinho (gaita de foles e flautas) , Ricardo Camacho (teclas), Paulo Abelho (percussão e samplers) e Francisco Meneses (letras e coros).
O primeiro single da banda "Glória/Partida" foi editado em 1983, seguindo-se em 1984 o LP "A um deus desconhecido".
Em Janeiro de 2003 foi editado o segundo e último CD da colecção, que reuniu os seus êxitos, incluindo três temas inéditos, "Sétima volta", "Ilha Perdida" e "Silêncio da Terra".
O LP "A um deus desconhecido" tem letras de Miguel Esteves Cardoso e foi considerado pela generalidade da crítica "um álbum fundamental".
Os rapazes da Avenida de Roma, que já se tinham feito notar com o single de estreia, "Glória", "inscreviam-se na história da cultura pop portuguesa" e "tornaram-se um caso sério", reconheceu Leão.
Seguiram-se outros álbuns, que sublinham a importância da obra instrumental do grupo, cujo nome foi o da legião romana enviada à Lusitânia.
Também de fora vieram as influências musicais, nomeadamente do pop/rock alternativo que então se fazia em Inglaterra.