Sintra recebe em março quarta edição do festival de artes performativas Periferias

O festival Periferias, que se realiza de 03 a 15 de março, em Sintra, pretende afirmar-se como "um polo das artes performativas em língua portuguesa", assumiu à Lusa o seu diretor artístico, João de Mello Alvim.

Lusa /

A quarta edição do Periferias -- Festival de Artes Performativas em Sintra, promovido pela associação cultural sintrense Chão de Oliva, vai levar teatro, animação de rua, exposições, feira do livro, música ao vivo, "workshops" e tertúlias a vários espaços da vila e arredores.

"A terceira edição foi da consolidação, este ano podemos dizer que é o de uma ampliação gradual da consolidação", explicou à Lusa João de Mello Alvim, diretor artístico do festival organizado pela primeira vez em 2012.

Além de mais animação de rua, vocacionada para a infância, o diretor do festival salientou que o programa vai ter "espetáculos de manhã, à tarde, à noite e à noitinha", para que "a Estefânea seja contaminada, no bom sentido, pelo Periferias".

O festival abre, às 17:00 de 03 de março, com a inauguração da "Exposição de trajes do Teatro Tradicional Tchiloli", de São Tomé e Príncipe, no antigo Museu do Brinquedo.

O edifício no centro histórico vai também receber, até 15 de março, outra atividade paralela, a Feira do Livro de Artes Performativas.

Na Casa de Teatro de Sintra, no bairro da Estefânea, a programação tem início dia 04, às 21:30, com a peça "A Nova Aragem", uma coprodução da Companhia de Teatro de Sintra e do grupo moçambicano Lareira Artes, do Maputo.

Nas noites seguintes sobem ao palco as peças "Que Deus lhe dê em dobro", pelo Grupo Dragão 7 (São Paulo, Brasil); "Diário dos Infiéis", pela ASTA (Covilhã); "Novas Diretrizes em Tempo de Paz", da Escola da Noite (Coimbra), e "Os Cinco Funerais de Pessoa", coprodução Lendias d`Encantar (Beja)/Teatro Tierra (Colômbia)/Teatro D`Dos (Cuba).

Entre 11 e 15 de março são levadas à cena "Velhice", do Alma d´Arame (Montemor-o-Novo); "Conversas Começadas", coprodução Companhia Teatro de Sintra/Cacau (São Tomé e Príncipe); "As Veias Abertas da Humanidade- Memória de Amor e Guerra", do Teatro Art´Imagem (Porto); "Lisboa Muda(vídeo-instalação)", da Inestética Companhia Teatral (Vila Franca de Xira), e "Trilogia Whitman - Capítulo II - Saudação", pelo Teatro Estúdio Fontenova (Setúbal).

Esta edição do Periferias prevê uma extensão a outras zonas do concelho, com a apresentação das coproduções com o Lareira Artes em Queluz, no Teatroesfera (07 março), e com a Cacau, no Cacém, no Auditório António Silva (dia 14).

A programação paralela inclui ainda o Periferias Fringe, com atuações no Legendary Café; Conversas Periféricas, no restaurante Sopa d`Avó; concertos de Samuel Matias e de Mauro Coelho & Christian Souza, no restaurante Chefe Pinto`s, e "`Workshop` de Danças Africanas", no MU.SA -- Museu das Artes de Sintra.

A animação na avenida Heliodoro Salgado e em frente ao antigo Museu do Brinquedo ficará a cargo de mimos, marionetistas e palhaços.

"Vamos criar uma espécie de eixo dinâmico, para mostrar que Sintra não é só paisagem, mas também palco para a apresentação alternativa de espetáculos", sublinhou João de Mello Alvim, em relação à ligação entre a animação no centro histórico e na Estefânea.

Para o também dirigente do Chão de Oliva, a parceria com outras companhias e com o Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA), de Beja, faz parte de um caminho, "com pequenos passos", no sentido de afirmar o Periferias "como um polo das artes performativas em língua portuguesa".

Esta edição do Periferias, com um orçamento global de cerca de 50.000 euros, conta com apoio financeiro e logístico da Câmara de Sintra e de outros patrocinadores.

O presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), numa comunicação de apresentação do festival, notou que se trata já de "um evento incontornável no mapa cultural de Sintra e um dos raros momentos em que multiculturalismo, troca de experiências e oferta diversificada se conjugam, antecedendo a Primavera".

 

Tópicos
PUB