Após um impasse de quatro dias, o Supremo Tribunal Administrativo decidiu esta segunda-feira que a trasladação dos restos mortais do escritor Eça de Queirós para o Panteão Nacional, em Lisboa, é legítima. Mas a decisão ainda não é definitiva, pelo que vai ser marcada nova data.
A providência cautelar para travar a trasladação foi colocada por seis dos bisnetos do escritor. A cerimónia estava marcada para a próxima quarta-feira, mas o impasse levou ao adiamento e vai ser marcada uma nova data.
Pedro Delgado Alves, deputado do PS e coordenador do grupo de trabalho da Assembleia da República para este assunto, disse à RTP que o Supremo Tribunal “concluiu que, por um lado, não há nenhuma manifestação de vontade do próprio Eça de Queirós que permita concluir a sua vontade de ser sepultado ou em Santa Cruz do Douro ou em Lisboa, e em segundo lugar, entende que os seis bisnetos que interpuseram esta providência cautelar representam apenas uma minoria dos familiares”.
Pedro Delgado Alves afirma que depois da sessão final, o grupo de trabalho irá pensar numa nova data para a transladação de Eça de Queirós para o Panteão, salientando que uma cerimónia desta escala “tem uma logística associada”.
Apesar disso, o coordenador do grupo de trabalho da AR diz esperar que essa cerimónia possa acontecer ainda este ano. A resolução que concede honras de Panteão Nacional a Eça de Queirós, impulsionada pelo grupo parlamentar do PS, foi aprovada, por unanimidade, em plenário, no dia 15 de janeiro de 2021.
No entanto, nem todos os descendentes do escritor concordam com a deslocação para Lisboa, onde Eça de Queirós esteve sepultado desde setembro de 1900, no Cemitério do Alto de São João, até 1989, quando os seus restos mortais foram trasladados para Santa Cruz do Douro, em Baião.
Dos 22 bisnetos do escritor, 13 concordam com a trasladação para o Panteão Nacional, seis opõem-se e três abstêm-se.
Pedro Delgado Alves afirma que depois da sessão final, o grupo de trabalho irá pensar numa nova data para a transladação de Eça de Queirós para o Panteão, salientando que uma cerimónia desta escala “tem uma logística associada”.
Apesar disso, o coordenador do grupo de trabalho da AR diz esperar que essa cerimónia possa acontecer ainda este ano. A resolução que concede honras de Panteão Nacional a Eça de Queirós, impulsionada pelo grupo parlamentar do PS, foi aprovada, por unanimidade, em plenário, no dia 15 de janeiro de 2021.
No entanto, nem todos os descendentes do escritor concordam com a deslocação para Lisboa, onde Eça de Queirós esteve sepultado desde setembro de 1900, no Cemitério do Alto de São João, até 1989, quando os seus restos mortais foram trasladados para Santa Cruz do Douro, em Baião.
Dos 22 bisnetos do escritor, 13 concordam com a trasladação para o Panteão Nacional, seis opõem-se e três abstêm-se.
A Fundação Eça de Queirós, criada por uma parte dos descendentes, quer que os restos mortais do escritor sejam transladados para o Panteão. No entanto, a fundação diz que parte da família considera o Panteão "um lugar mal frequentado e que o bisavô não deveria ficar ao lado de um futebolista e de uma fadista".
Este domingo, mais de 50 pessoas de Santa Cruz do Douro manifestaram-se contra a trasladação dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional.
Concentrados junto ao acesso à Fundação Eça de Queiroz, os moradores de Santa Cruz do Douro garantiram que vão lutar para que Eça de Queiroz não saía de Baião, no distrito do Porto, porque “Eça é Baião e Baião é Eça”, portanto, o “panteão de Eça é em Baião”.
c/ Lusa