Numa nota de imprensa, o empreendimento Monte Real, unidade detida pelo Fundo Discovery e sob a gestão da marca DHM Discovery Hotel Management, informa que o investimento "ultrapassou os 2,5 milhões de euros", tendo sido "integralmente suportado" por aquele fundo.

Os trabalhos "contemplaram não só a reconstrução das áreas afetadas, mas também a remodelação de espaços e equipamento, de forma a reforçar a oferta termal junto dos clientes", acrescenta o "resort".

A 11 de fevereiro, na sequência do mau tempo, o espaço que alberga as termas de Monte Real e o SPA inundou devido à cedência da mota do rio Lis junto ao açude da Carreira.

Citado na mesma nota de imprensa, o diretor-geral do resort Monte Real, Luís Mexia Alves, explicou que "os trabalhos de recuperação iniciaram-se imediatamente após o incidente", tendo sido "reunidos todos os esforços para que as termas reabrissem no menor espaço de tempo possível", garantindo a qualidade do complexo termal.

"Neste momento, podemos assegurar que estamos prontos para voltar a receber os nossos clientes, quer no balneário termal, quer no nosso SPA", referiu Luís Mexia Alves.

Em declarações à agência Lusa em junho, o responsável garantiu que a inundação de fevereiro não teve consequências na água termal.

"Desde que restabelecemos a energia elétrica, já fizemos inúmeras análises e inúmeros controlos, e está tudo como dantes", afirmou na ocasião Luís Mexia Alves, admitindo que, embora a água mineral de Monte Real seja de um aquífero de circulação profunda, havia riscos de contaminação, o que não ocorreu, sendo que a qualidade da água termal "está completamente garantida".

A água termal de Monte Real é reconhecida pelos benefícios no tratamento e prevenção de problemas do aparelho digestivo, músculo-esquelético e respiratório.

As termas de Monte Real começaram a ser exploradas de forma profissional em 1926 por Olímpio Duarte Alves, em cuja família permaneceram até março de 2005, data em que foram adquiridas pelo Grupo Lena.

O grupo investiu no local 27 milhões de euros, incluindo a recuperação da unidade hoteleira, de quatro estrelas, e a criação de outros espaços.

Desde o ano passado, o resort, que se estende por 24 hectares, é propriedade de um fundo que gere ativos imobiliários turísticos, o Discovery Portugal Real Estate.