O vídeo da nova música de Childish Gambino foi colocado online no sábado e já teve mais de 70 milhões de visualizações. “This is America” agitou o youtube, mas não só. Páginas e páginas de artigos, análises, interpretações de fãs e críticos foram publicadas entretanto.
A cantora Erykah Badu chamou-o de “génio”. Bernice King, filha de Martin Luther King, disse “sem palavras”. Trent Reznor, do Nine Inch Nails, afirmou: “Não me lembro da última vez que vi um videoclipe até o fim, muito menos cinco vezes seguidas. Um trabalho incrível”.
“O vídeo de Childish Gambrino agarra-vos pela garganta”, escreve a CNN. A Dazed fala de um vídeo fenomenal cheio de alusões à história americana.
As interpretações sobre as referências, teorias por trás de “This is America” voam pela internet. São centenas. Algumas mais consensuais como o vídeo denunciar o racismo, o culto pelas armas de fogo, os massacres (como o de um coro), as perseguições policiais, a sociedade do entretenimento e do narcisismo.
Há outras referências, mais próximas aos americanos. Como a posição que o artista assume quando dá um tiro num encapuzado: um Jim Crow, o escravo negro rodeado de estereótipos negativos criado por Thomas Dartmouth.
Childish Gambino's "This Is America" he plays a Jim Crow caricature that shows plenty of symbolism through subtle nuances and direct distractions by entertaining through dance and trap lyricism. pic.twitter.com/r6kI7T0MKd
— #AKtheGOAT♒️🇬🇾 (@AngelKhalil) 7 de maio de 2018
O vídeo foi conhecido no dia em que Donald Glover foi o apresentador convidado do “Saturday Night Live”. No monólogo inicial, Glover dizia: “Sou um ator, compositor e um cantor. Algumas pessoas descrevem-me como uma tripla ameaça. Mas eu gosto de me ver apenas como uma ameaça”.
O vídeo, dirigido por Hiro Murai (também diretor de Atlanta), chega a ser chamado o videoclipe do ano.
Childish Gambino foi colocado pela Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2017. Com “This is America”, Gambino corre sério risco de ver renovada a classificação.