Timor-Leste inicia escolha de artista que representará o país na Bienal de Veneza
Timor-Leste abriu candidaturas para os artistas timorenses apresentarem portfolios com o objetivo de ser escolhido o representante do país na Bienal de Veneza, a realizar no próximo ano em Itália, informou hoje o Governo.
"Apelo a todos os artistas, tanto os que estão em Timor-Leste, como no estrangeiro, que tenham interesse em candidatar-se, a apresentarem o seu trabalho", afirmou à Lusa o secretário de Estado da Arte e Cultura, Jorge Soares Cristóvão.
Segundo o governante, será constituída uma equipa para avaliar e selecionar as candidaturas apresentadas.
"Será escolhido o melhor candidato, que representará Timor-Leste na Bienal de Veneza de 2026", disse Jorge Soares Cristóvão.
As candidaturas podem ser apresentadas por artistas com 25 anos de idade ou mais até 15 de julho.
O Pavilhão de Timor-Leste na próxima Bienal de Veneza será comissariado pelo Ministério da Juventude, Desporto, Arte e Cultura timorense e terá a curadoria da investigadora independente e curadora de arte contemporânea do sudeste asiático, Loredana Pazzini-Paracciani.
A artista Maria Madeira foi a primeira timorense a representar Timor-Leste - o que aconteceu na última Bienal de Veneza, em 2024 -, com a exposição "Kiss and Don`t Tell", que retratou os abusos e atrocidades que as mulheres timorenses sofreram durante a ocupação indonésia.
Segundo uma informação disponibilizada pela Secretaria de Estado da Arte e Cultura, o pavilhão de Timor-Leste no evento vai centrar-se na "recuperação de vozes silenciadas e na preservação das tradições, deixando para trás o passado violento do país".