AdC dá `luz verde` à Finançor para comprar representantes Pingo Doce nos Açores
A Autoridade da Concorrência (AdC) deu `luz verde` ao grupo alimentar açoriano Finançor para comprar duas empresas que representam marcas do grupo Jerónimo Martins na Região Autónoma dos Açores, segundo um aviso hoje publicado.
A operação de concentração, notificada pela Finançor há mais de um mês, em 02 de abril, consistia na aquisição do controlo exclusivo sobre a Marques, Comércio a Retalho e a Marques-Comércio por Grosso.
A decisão da AdC de não se opor ao negócio foi tomada na terça-feira, e hoje publicada na sua página de internet, revelando o aviso que a operação de concentração recebeu aval por não se revelar "suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes e relacionados identificados".
Estes mercados, precisa a Adc naquele aviso, são o mercado da distribuição grossista de produtos alimentares e bens de consumo corrente em formato `cash&carry`, na Região Autónoma Açores, e o mercado da distribuição retalhista de base alimentar nos formatos hipermercado, supermercado e lojas `discount` nas ilhas de Santa Maria, Pico e S. Miguel, da mesma região autónoma.
A Marques Grosso, uma das duas empresas que a Financor quer ter o controlo exclusivo, desenvolve atividade na área da distribuição grossista alimentar, em parceria com o grupo Jerónimo Martins, explorando uma loja Recheio Cash & CarryAçores, na ilha de S. Miguel, naquela região autónoma.
A outra empresa, a Marques Retalho, desenvolve atividade na área da distribuição retalhista alimentar, através das lojas Sol*Mar, representando nos Açores a marca de produtos da marca da distribuição Pingo Doce, nas ilhas de S. Miguel, Santa Maria e Pico, na mesma região autónoma.
A Finançor integra a `holding` do grupo Finançor, ativo em diversas atividades no setor alimentar nos Açores, como fabrico e comercialização de alimentos compostos para animais, de farinhas, bolachas, massas, e de produção de carne de bovino, suíno e aves de capoeira, ovos e produção de leite, turismo e hotelaria, aquacultura e retalho especializado.
Cerca de uma semana depois de ter notificado a AdC da operação de concentração, em 08 de abril, o grupo Finançor, em comunicado divulgado, defendeu que esta operação "reforça o compromisso com o investimento no desenvolvimento da economia" açoriana.
"A eventual concretização da transação reforça o compromisso com o investimento no desenvolvimento da economia dos Açores, estando, no entanto, dependente da não oposição da AdC e de todas as aprovações regulamentares necessárias, bem como, de uma maior visibilidade sobre os impactos do atual contexto na evolução da economia", disse.