Administração foi sempre assegurada por portugueses

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Maputo, 25 Nov (Lusa) - O português Fernando de Castro Fontes foi a figura que mais tempo permaneceu na direcção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), 11 anos, embora o mandato do conselho de administração dure apenas dois anos renováveis.

Fernando de Castro Fontes esteve à frente da direcção da empresa entre 1981 e 1992, mas, em três décadas de história, o empreendimento conheceu casos de presidentes do conselho de administração que renovaram os seus mandatos uma vez, ficando no cargo num máximo de quatro anos.

O mega-projecto foi construído por Portugal há 32 anos em resposta à pressão e crítica da comunidade internacional pelo atraso sócio-económico de Moçambique, após cinco séculos de presença no país. Na direcção da HCB estiveram logo no início portugueses formados em engenharia.

O primeiro presidente da HCB, António da Silva Martins, era formado em engenharia, tal como o seu substituto, Fernando de Castro Fontes, segundo uma lista dos corpos sociais que consta no livro "Cahora Bassa, energia com vida`, publicado pela empresa.

Mas os responsáveis máximos do conselho da administração da HCB seguintes, também portugueses, eram formados noutras áreas. Carlos Alberto Veigas Anjos, presidente do conselho de administração da HCB, entre 1999/2003, e o último sob liderança portuguesa, Joaquim da Silva Correia, frequentaram cursos de ciências sociais e humanas.

O coronel Manuel da Costa Braz, à frente da instituição entre 1996 e 1998, foi o único líder da empresa proveniente da área militar, rompendo a tradição de se nomearem civis para o cargo.

Portugal nomeou ainda para a HCB os seguintes administradores: Rogério Martins Dias Beatriz, Francisco Coelho da Rocha e Silva, João Nuno Palma e Fernando Marques da Costa.

A partir de 26 de Novembro, a gestão efectiva daquele que era o maior empreendimento de Portugal no estrangeiro será feita somente por moçambicanos. Adriano Maleiane, antigo governador do Banco Central de Moçambique, tem sido apontado, na imprensa de Maputo, como o mais provável novo administrador. É formado em Economia.

MMT.

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