"Temos até ao final do ano para encontrar uma solução", disse Basílio Horta aos jornalistas, acrescentando que os despedimentos já eram esperados "há algum tempo" e que a AICEP estava "a tentar encontrar soluções".

Basílio Horta adiantou, sem revelar nomes, que há duas empresas portuguesas interessadas na compra das instalações da Delphi em Ponte de Sor.

Quanto à Yasaki Saltano, o presidente da Agência referiu que a solução poderá passar por a fábrica deixar de produzir cablagens e apostar em produtos de "maior valor acrescentado", os quais não precisou.

O presidente do AICEP referiu ainda que os trabalhadores que vão ser despedidos da Yasaki poderão ser transferidos para outros sectores de actividade.

Basílio Horta comprometeu-se a dar "todos os incentivos", incluindo fiscais e de inovação tecnológica, para que novas empresas garantam "continuidade da produção" das fábricas de Ponte de Sor e Vila Nova de Gaia.

O responsável garantiu que a Delphi e a Yasaki "não receberam incentivos para se fixar em Portugal".

A Yasaki Saltano anunciou hoje, em comunicado, quevai despedir 400 colaboradores afectos à produção de um modelo que a empresa diz ter de terminar a 30 de Abril, devido às dificuldades vividas no sector.

"A Yazaki vê-se obrigada a terminar, no próximo dia 30 de Abril, a produção do modelo M59 da Yazaki Saltano de Gaia, levando à dispensa de 400 colaboradores afectos à produção deste modelo", lê-se no comunicado da fabricante mundial de componentes eléctricos para automóveis.

Também em comunicado, a direcção da Delphi em Portugal diz que comunicou hoje a decisão do fecho da fábrica de Ponte de Sor aos trabalhadores e seus representantes e às "entidades oficiais".

A fábrica de Ponte de Sor emprega 439 pessoas [efectivos] e fabrica apoios, mecanismos para portas de correr automatizadas e sistema de protecção de ocupantes para vários modelos de veículos automóveis.

ER/ALU

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