Economia
Alerta do JP Morgan Chase. EUA estão a caminho de entrar em recessão
Jamie Dimon, diretor do JP Morgan Chase, o maior banco de investimentos norte-americano, advertiu que os EUA estão a caminho de uma recessão, o que “é grave”.
Segundo Jamie Dimon, “os EUA e a economia global enfrentam uma mistura muito, muito séria de ventos frontais que provavelmente vai provocar uma recessão em meados do próximo ano”.
Em entrevista à CNBC, Dimon apontou os efeitos de uma inflação desenfreada, das fortes subidas das taxas de juro e da guerra na Ucrânia, como fatores para consolidar o seu pensamento. Mas acrescentou que os EUA “ainda estão bem” e que os consumidores estão melhor em comparação com a crise financeira global de 2008.
“Não se pode falar de economia sem falar no futuro e isto é uma coisa séria”, frisou.
Para Dimon, “estas são coisas muito, muito sérias que penso serem suscetíveis de empurrar os EUA e o mundo – a Europa já está em recessão – e são suscetíveis de colocar os EUA numa recessão daqui a seis ou nove meses”.
Segundo o diretor do JP Morgan Chase, a Reserva Federal dos EUA (Fed) “demorou muito tempo e fez muito pouco”, uma vez que a inflação aumentou nos últimos 18 meses.
No entanto, Dimon não prevê quanto tempo vai durar a recessão nos EUA.
Esta não é a primeira vez que Dimon alerta para uma situação financeira grave. Em junho revelou que estava a preparar o JP Morgan Chase para um “furacão económico”. FMI avisa que no próximo ano pode haver uma recessão global As declarações do diretor do JP Morgan Chase surgem na mesma altura em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o risco de uma recessão mundial aumentou e que o mundo entrou agora numa época de “fragilidade de volatilidade”.
"Calculámos que cerca de um terço da economia mundial tenha pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo este ano ou no próximo ano, e que o valor total perdido com a desaceleração da economia global seja, desde agora e até 2026, de quatro mil milhões de dólares", apontou diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
O Fundo Monetário Internacional insiste que a inflação tem de ser travada para não se transformar num comboio desgovernado.
Georgieva fez estas declarações numa intervenção que marcou o início das reuniões anuais de 2022 do FMI e do Banco Mundial (BM), em Washington, acompanhada pelo presidente do BM, David Malpass.
Estas são as primeiras reuniões presenciais em três anos, lembrou Georgieva, assinalando que se registaram "acontecimentos impensáveis que estão a ter consequências importantes": a pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia e desastres climáticos em todos os continentes.
"Tudo isto colocou as pessoas numa posição muito difícil. Estão esgotadas e têm que enfrentar uma crise de custo de vida", indicou a diretora-geral do FMI, considerando que a situação é "particularmente difícil para os países em desenvolvimento".
Já o presidente do Banco Mundial explicou que os níveis de dívida destes países "estão a tornar-se cada vez mais pesados" e que a subida das taxas de juro aumenta a gravidade da situação, o mesmo acontecendo com as taxas de inflação elevadas.
Com mais 70 milhões de pobres, segundo a última análise do BM, e uma redução de quatro por cento no rendimento médio, "o nosso objetivo de prosperidade partilhada não está a ocorrer", "estão a ocorrer reversões no desenvolvimento", acrescentou Malpass.
Durante os próximos dias, explicou Georgieva, os principais líderes mundiais vão discutir o que pode ser feito para enfrentar este panorama complexo, salientando a necessidade de coordenação entre políticas monetárias e orçamentais.
Georgieva também insistiu na necessidade de investir em ações que travem a atual crise climática, sublinhando que é "mau ter inflação" e recessões.
Mas "sobreviveremos como humanidade", ao "que não podemos sobreviver é a uma crise climática incessante", considerou, apontando que é preciso mobilização hoje "para um amanhã mais resiliente".
O FMI e o BM devem "unir forças e garantir que mais capital seja destinado à ação climática", especialmente "nos mercados emergentes das economias em desenvolvimento", destacou Georgieva.
Esta terça-feira está previsto que o FMI apresente novas previsões de crescimento global e, segundo afirmou Georgieva na semana passada, as previsões para 2023 devem ser revistas em baixa devido à incerteza mundial.
Em entrevista à CNBC, Dimon apontou os efeitos de uma inflação desenfreada, das fortes subidas das taxas de juro e da guerra na Ucrânia, como fatores para consolidar o seu pensamento. Mas acrescentou que os EUA “ainda estão bem” e que os consumidores estão melhor em comparação com a crise financeira global de 2008.
“Não se pode falar de economia sem falar no futuro e isto é uma coisa séria”, frisou.
Para Dimon, “estas são coisas muito, muito sérias que penso serem suscetíveis de empurrar os EUA e o mundo – a Europa já está em recessão – e são suscetíveis de colocar os EUA numa recessão daqui a seis ou nove meses”.
Segundo o diretor do JP Morgan Chase, a Reserva Federal dos EUA (Fed) “demorou muito tempo e fez muito pouco”, uma vez que a inflação aumentou nos últimos 18 meses.
No entanto, Dimon não prevê quanto tempo vai durar a recessão nos EUA.
Esta não é a primeira vez que Dimon alerta para uma situação financeira grave. Em junho revelou que estava a preparar o JP Morgan Chase para um “furacão económico”. FMI avisa que no próximo ano pode haver uma recessão global As declarações do diretor do JP Morgan Chase surgem na mesma altura em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o risco de uma recessão mundial aumentou e que o mundo entrou agora numa época de “fragilidade de volatilidade”.
"Calculámos que cerca de um terço da economia mundial tenha pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo este ano ou no próximo ano, e que o valor total perdido com a desaceleração da economia global seja, desde agora e até 2026, de quatro mil milhões de dólares", apontou diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
O Fundo Monetário Internacional insiste que a inflação tem de ser travada para não se transformar num comboio desgovernado.
Georgieva fez estas declarações numa intervenção que marcou o início das reuniões anuais de 2022 do FMI e do Banco Mundial (BM), em Washington, acompanhada pelo presidente do BM, David Malpass.
Estas são as primeiras reuniões presenciais em três anos, lembrou Georgieva, assinalando que se registaram "acontecimentos impensáveis que estão a ter consequências importantes": a pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia e desastres climáticos em todos os continentes.
"Tudo isto colocou as pessoas numa posição muito difícil. Estão esgotadas e têm que enfrentar uma crise de custo de vida", indicou a diretora-geral do FMI, considerando que a situação é "particularmente difícil para os países em desenvolvimento".
Já o presidente do Banco Mundial explicou que os níveis de dívida destes países "estão a tornar-se cada vez mais pesados" e que a subida das taxas de juro aumenta a gravidade da situação, o mesmo acontecendo com as taxas de inflação elevadas.
Com mais 70 milhões de pobres, segundo a última análise do BM, e uma redução de quatro por cento no rendimento médio, "o nosso objetivo de prosperidade partilhada não está a ocorrer", "estão a ocorrer reversões no desenvolvimento", acrescentou Malpass.
Durante os próximos dias, explicou Georgieva, os principais líderes mundiais vão discutir o que pode ser feito para enfrentar este panorama complexo, salientando a necessidade de coordenação entre políticas monetárias e orçamentais.
Georgieva também insistiu na necessidade de investir em ações que travem a atual crise climática, sublinhando que é "mau ter inflação" e recessões.
Mas "sobreviveremos como humanidade", ao "que não podemos sobreviver é a uma crise climática incessante", considerou, apontando que é preciso mobilização hoje "para um amanhã mais resiliente".
O FMI e o BM devem "unir forças e garantir que mais capital seja destinado à ação climática", especialmente "nos mercados emergentes das economias em desenvolvimento", destacou Georgieva.
Esta terça-feira está previsto que o FMI apresente novas previsões de crescimento global e, segundo afirmou Georgieva na semana passada, as previsões para 2023 devem ser revistas em baixa devido à incerteza mundial.
A última projeção publicada na primavera passada antecipava que em 2023 a economia mundial crescesse 2,9 por cento.
c/ agências