"Os Alfa Pendular têm um tipo de carruagem que dificulta a recepção do canal. Como a grande parte dos passageiros que utilizam este meio de transporte são ligadas ao mundo dos negócios e aproveitam a viagem para continuar a trabalhar, era fundamental que os comboios permitissem fazer isso", disse aos jornalistas o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Mário Lino falava à margem da assinatura do protocolo para a instalação desse serviço em 60 carruagens dos comboios Alfa Pendular, que decorreu hoje, na estação de Santa Apolónia, em Lisboa.

O protocolo será válido por 10 anos, teve um investimento total de 1.200 milhões de euros e integrou os três operadores móveis - TMN, Optimus e Vodafone -, o ICP-ANACOM, a CP e REFERTELECOM e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Com base neste protocolo, foram instaladas nas 60 carruagens antenas externas e um cabo interno que garante que as pessoas possam ter acesso ao telemóvel, ao computador e à Internet.

De acordo com o ministro Mário Lino, este sistema tem "estado operacional desde o início do ano", para a realização de testes, e hoje deu-se por "concluído o processo" de ensaios.

Sublinhando que a assinatura do protocolo ocorreu na mesma data em que se celebra o Dia Mundial das Telecomunicações, Mário Lino afirmou que este protocolo vai permitir que os "quase dois milhões de pessoas que por ano utilizam o Alfa Pendular possam ter acesso às comunicações móveis de banda larga".

Por seu lado, o presidente da CP, Francisco Cardoso dos Reis, indicou que este serviço vem responder a "uma reivindicação de longa data dos clientes" e garantiu que os preços "vão manter-se".

"Tal como já está a fazer há três anos, a CP vai manter os preços do serviço Alfa Pendular", disse o responsável.

O presidente da CP disse ainda que o protocolo hoje assinado culminou com um processo que teve início há dois anos e garantiu que a "solução encontrada responde à que traz melhor benefício em termos de custo/serviço".

Francisco Cardoso dos Reis referiu também que a CP vai suportar o investimento em 200 mil euros, sendo o restante (um milhão de euros) dividido em partes iguais pelos operadores móveis.

MCL.

Lusa/Fim