Angola avança com terceira emissão de `eurobonds` de 2.000 milhões de dólares

Luanda, 01 fev (Lusa) - O Governo angolano está a preparar uma nova emissão de `eurobonds` - títulos da dívida pública em moeda estrangeira - de 2.000 milhões de dólares, a realizar no segundo trimestre, de acordo com o Plano Anual de Endividamento (PAE) 2019.

Lusa /

Trata-se da terceira emissão do género do Tesouro angolano, que nas operações anteriores permitiu angariar 1.500 milhões de dólares (1.310 milhões de euros) em 2015 e 3.500 milhões de dólares (3.050 milhões de euros) em 2018.

Segundo o PAE 2019, preparado pelo Ministério das Finanças e que contém os planos de endividamento do Governo angolano para este ano, durante o segundo trimestre está prevista uma nova emissão de `eurobonds`, com a qual o Estado prevê angariar 622.200 milhões de kwanzas (2.000 milhões de dólares ou 1.740 milhões de euros).

Globalmente, o plano prevê a emissão de dívida pública angolana, interna e externa, no valor de 3,862 biliões (milhões de milhões) de kwanzas (10.800 milhões de euros).

No mercado externo, além da emissão de `eurobonds`, o Governo angolano prevê ainda garantir 1,373 biliões (milhões de milhões) de kwanzas (3.840 milhões de euros) através de linhas de crédito.

Em 2019, o serviço da dívida de Angola -- amortizações, juros e comissões -, que envolve bilhetes e obrigações do Tesouro em moeda nacional e estrangeira, vai ascender, segundo o PAE, a 5,206 biliões (milhões de milhões) de kwanzas (14.550 milhões de euros)

Na primeira emissão de `eurobonds`, em 2015, Angola colocou 1.500 milhões de dólares (1.310 milhões de euros), com uma maturidade de dez anos.

Já a emissão de abril de 2018 foi feita em duas parcelas, a primeira das quais com maturidade de dez anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25%.

A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1.250 milhões de dólares (1.090 milhões de euros), foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375%.

Três meses depois, o Governo angolano avançou com a reabertura daquela emissão, dada a forte procura que existiu, garantindo mais 500 milhões de dólares (436 milhões de euros).

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