Associação de Produtores Africanos promove cooperação
O ministro angolano dos Petróleos, Desidério Costa, salientou a importância da Associação dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPA) como "plataforma de cooperação", apelando à necessidade de a dotar de meios adequados à sua função.
"Apesar de terem decorrido quase 20 anos desde a sua fundação, os objectivos que levaram à criação da APPA mantêm-se actuais, não obstante as transformações ocorridas no mundo da energia, hoje mais globalizado", afirmou.
Desidério Costa, que discursava sexta-feira à noite no encerramento do XXIII Conselho de Ministros da APPA, que decorreu nos arredores de Luanda, defendeu a necessidade desta organização ser dotada com recursos materiais, financeiros e humanos adequados.
Nessa perspectiva, apelou ao pagamento das quotas anuais pelos estados membros da organização, numa alusão ao facto de existirem países que não pagam há mais de cinco anos o montante anual de 87 mil dólares fixado para a quota.
Na sua intervenção, Desidério Costa deixou ainda um apelo a Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Namíbia, países que participaram na reunião de Luanda na qualidade de observadores, para que adiram rapidamente à APPA.
A reunião do Conselho de Ministros, que se prolongou por mais tempo do que o previsto, acabando depois das 23:00, elegeu Jocelyn Degbey, ministro dos Petróleos do Benin, como presidente da APPA para o biénio 2006/07.
Os ministros dos países africanos produtores de petróleo, entre outras medidas, aprovaram os mecanismos que permitirão o lançamento do Fundo APPA, mas não foram avançados detalhes sobre esta iniciativa.
A APPA, criada em Janeiro de 1987, tem como estados membros Angola, África do Sul, Argélia, Benin, Camarões, República do Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Egipto, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia, Nigéria e Chade.