Economia
Australian Associated Press encerra e 180 pessoas ficam desempregadas
A agência de notícias Australian Associated Press vai fechar ao cabo de 85 anos de existência. A decisão foi anunciada, esta terça-feira, durante uma reunião realizada num dos escritórios da agência, em Sidney. Cento e oitenta funcionários vão ficar desempregados já no mês de junho.
“O dia mais triste: a AAP fecha após 85 anos de excelência em jornalismo. A família AAP fará muita falta”, escreveu o editor-chefe da agência, Tony Gillies, na sua conta do Twitter.
Durante vários anos a agência de notícias forneceu textos, imagens e vídeos sobre notícias a mais de 200 jornais, emissoras e sites. A falta de assinantes dita agora o fim dos serviços da AAP.
“Esta decisão foi tomada com muito pesar. Foi tomada com base em razões económicas e financeiras”, revelou o executivo-chefe, Bruce Davidson.
A AAP trabalhava em todos os Estados e territórios australianos e mantinha uma rede de correspondentes em cidades como Londres e Los Angeles, além de manter uma delegação na Nova Zelândia. Tinha colaboradores em quase todos os continentes. A cobertura noticiosa era complementada pela aliança que mantinha com agências internacionais.
A agência foi criada em 1935 por Keith Murdoch, pai do fundador da News Crop. A AAP é propriedade das organizações de notícias australianas Nine e News Corp Austrália, que já divulgaram ter a disponibilidade de oferecer entre 30 a 50 empregos aos demitidos.
"O sigilo está em ascensão"
Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, afirmou em conferência de imprensa: “Eles têm uma história maravilhosa neste lugar e, quando se tem uma instituição tão importante como a AAP a fechar portas, isto torna-se uma verdadeira preocupação”.
Também no Parlamento, os políticos mostraram-se agradecidos pelo trabalho desenvolvido pela agência ao longo dos anos, exibindo cartazes com a frase: “Obrigado AAP”.
O líder da oposição, Anthony Albanese, disse que o encerramento da agência “deixaria um vazio enorme” e referiu na sua conta do Twitter: “O sigilo está em ascensão, a transparência está em declínio e um jornalismo forte e independente é mais importante do que nunca. Pensando em todos os jornalistas e trabalhadores da AAP, é um dia triste para o jornalismo na Austrália”.
Os próprios jornalistas da AAP também demonstraram profundo pesar pelo encerramento da agência. Dominica Sanda, jornalista da agência em Sydney, disse que foi “um dia triste para a indústria que amo e para uma carreira e vida que amei ainda mais”.
Outros jornalistas prestaram, igualmente, homenagem nas redes sociais, classificando as notícias sobre o encerramento como “extraordinariamente tristes” e incentivando a equipa de jornalistas da AAP “a continuarem a trabalhar, mesmo depois de fazer do fim da agência”.
The saddest day: AAP closes after 85 years of excellence in journalism. The AAP family will be sorely missed. @AAPNewswire
— Tony Gillies (@TonyGillies) March 3, 2020
Durante vários anos a agência de notícias forneceu textos, imagens e vídeos sobre notícias a mais de 200 jornais, emissoras e sites. A falta de assinantes dita agora o fim dos serviços da AAP.
“Esta decisão foi tomada com muito pesar. Foi tomada com base em razões económicas e financeiras”, revelou o executivo-chefe, Bruce Davidson.
A AAP trabalhava em todos os Estados e territórios australianos e mantinha uma rede de correspondentes em cidades como Londres e Los Angeles, além de manter uma delegação na Nova Zelândia. Tinha colaboradores em quase todos os continentes. A cobertura noticiosa era complementada pela aliança que mantinha com agências internacionais.
A agência foi criada em 1935 por Keith Murdoch, pai do fundador da News Crop. A AAP é propriedade das organizações de notícias australianas Nine e News Corp Austrália, que já divulgaram ter a disponibilidade de oferecer entre 30 a 50 empregos aos demitidos.
"O sigilo está em ascensão"
Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, afirmou em conferência de imprensa: “Eles têm uma história maravilhosa neste lugar e, quando se tem uma instituição tão importante como a AAP a fechar portas, isto torna-se uma verdadeira preocupação”.
Também no Parlamento, os políticos mostraram-se agradecidos pelo trabalho desenvolvido pela agência ao longo dos anos, exibindo cartazes com a frase: “Obrigado AAP”.
O líder da oposição, Anthony Albanese, disse que o encerramento da agência “deixaria um vazio enorme” e referiu na sua conta do Twitter: “O sigilo está em ascensão, a transparência está em declínio e um jornalismo forte e independente é mais importante do que nunca. Pensando em todos os jornalistas e trabalhadores da AAP, é um dia triste para o jornalismo na Austrália”.
Os próprios jornalistas da AAP também demonstraram profundo pesar pelo encerramento da agência. Dominica Sanda, jornalista da agência em Sydney, disse que foi “um dia triste para a indústria que amo e para uma carreira e vida que amei ainda mais”.
Outros jornalistas prestaram, igualmente, homenagem nas redes sociais, classificando as notícias sobre o encerramento como “extraordinariamente tristes” e incentivando a equipa de jornalistas da AAP “a continuarem a trabalhar, mesmo depois de fazer do fim da agência”.