Autarquia admite rever "desequilibrios" no preço das taxas de urbanização mas "nunca" aumentá-las
Porto, 03 Dez (Lusa) - O presidente da Câmara de Matosinhos admitiu hoje reanalisar o valor das taxas de urbanização praticadas no município mas apenas no sentido de corrigir eventuais desequilíbrios.
"Um relatório da Inspecção-Geral de Finanças apontou algumas deficiências em relação às taxas de urbanização que já estão a ser corrigidas", acrescentou Guilherme Pinto aos jornalistas à entrada da reunião do executivo.
O autarca especificou que o relatório critica, em concreto, o "baixo preço das infra-estruturas", comparativamente ao que é praticado noutros municípios.
"É uma crítica que não partilho. As taxas de urbanização são suficientemente elevadas", sustentou Guilherme Pinto.
O autarca garantiu, no entanto, que "está fora de questão" o seu aumento.
Guilherme Pinto considerou ainda que "se já assim é difícil atrair, por exemplo, os jovens ao centro da cidade de Matosinhos, se aumentarmos ainda mais as taxas será impossível".
"Na área da urbanização há várias taxas que são cobradas, pelo que o que iremos fazer é reanalisar este processo no sentido de corrigir eventuais desequilíbrios", frisou.
O relatório n/o 223/2007 da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) foi hoje um dos assuntos em discussão, na habitual reunião do executivo, na qual, entre outros pontos, foram também discutidos a criação do Conselho Consultivo do Desporto e uma homenagem ao arquitecto Alcino Soutinho.
Esta homenagem vai decorrer no próximo sábado dia em que se assinalam os 20 anos do edifício dos Paços do Concelho (assinado por Alcino Soutinho) que é considerado "um dos mais importantes edifícios do Poder local".
A homenagem consiste na atribuição da Medalha de Honra (ouro) e do título de cidadão honorário ao arquitecto.
PM.