Banco de Inglaterra mantém taxas diretoras em 4%
O Banco da Inglaterra decidiu hoje manter as taxas diretoras em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos, ao avaliar que as pressões inflacionistas persistem na economia britânica.
No final de uma reunião, o comité de política monetária do banco emissor inglês votou 5 a 4 a favor de não alterar o preço do dinheiro.
Segundo a entidade, quatro membros do comité votaram a favor de um corte das taxas para 3,75%.
A inflação atingiu o pico e o risco de inflação contínua diminuiu, segundo o banco, que está atento à evolução do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que em setembro foi de 3,8%, acima da meta de 2%.
No próximo dia 19 de novembro será conhecida a taxa de inflação de outubro.
Ao anunciar a decisão, o governador da entidade, Andrew Bailey, indicou que a inflação diminuiu consideravelmente desde o pico há três anos, mas ainda é muito alta.
"Na nossa decisão de manter as taxas de juro hoje, ponderamos o risco de que a inflação, acima da meta, se torne mais persistente", mas "se a inflação permanecer dentro dos limites previstos, esperamos poder reduzir gradualmente as taxas", acrescentou.
O IPC situou-se em setembro passado no nível mais alto desde janeiro do ano passado, devido em parte à subida dos preços do transporte aéreo e do combustível.
Além da alta inflação, o Reino Unido tem um forte nível de endividamento.
Segundo dados recentes fornecidos pela agência nacional de estatística britânica (Office for National Statisitcs, ONS), a dívida líquida acumulada do Reino Unido atingiu em setembro 95,3% do Produto Interno Bruto (PIB), mais um ponto percentual do que em setembro de 2024 e em níveis não vistos desde a década de sessenta.
A próxima reunião de política monetária do Banco de Inglaterra realiza-se em 18 de dezembro.