Banco Mundial empresta 9,34 ME a Cabo Verde para reparar estragos do mau tempo
O Governo cabo-verdiano assinou um empréstimo de 9,34 milhões de euros com o Banco Mundial para repor a normalidade nos municípios afetados pelas últimas chuvas que causaram um morto, anunciou hoje o vice-primeiro-ministro.
"Trata-se de um empréstimo concessionário, com uma taxa de juros inferior a 1%, a ser pago em 40 anos e com 10 anos de carência", afirmou Olavo Correia numa publicação no Facebook.
O também ministro das Finanças considerou que assim ficam criadas as condições para o país "acelerar não só a velocidade, mas também aumentar a escala de intervenção" nos quatro municípios (Tarrafal, Santa Cruz, Santa Catarina e São Miguel) afteados pelas chuvas de 13 de novembro.
O financiamento, de 11 milhões de dólares (9,34 milhões de euros), permitirá intervir em infraestruturas rodoviárias e hidroagrícolas, urbanas, habitação e edifícios públicos.
Olavo Correia apontou ainda a necessidade de preparação macroeconómica e fiscal para enfrentar este tipo de eventos.
"Temos de nos preparar no plano macro, orçamental e financeiro para fazer face a essas adversidades", afirmou.
O vice-primeiro-ministro lembrou que, nos últimos anos, o Governo tem aumentado a carteira de projetos de investimento, que já ultrapassa os 200 milhões de dólares (169 milhões de euros), abrangendo praticamente todas as áreas de atividade económica.
As chuvas intensas de 13 de novembro causaram precipitação acima da média (227 milímetros) e atingiram os quatro municípios da ilha de Santiago referidos, provocando prejuízos significativos e uma morte.
O Governo aprovou medidas de proteção e de resposta, incluindo a atribuição de um rendimento solidário de emergência de 30 mil escudos por mês (272 euros) durante três meses às pessoas afetadas e declarou estado de calamidade para mobilizar fundos e apoiar a população.