O Banco de Portugal prevê para este ano um crescimento de 1,7% da economia portuguesa, menos uma décima do que as previsões de dezembro de 2018. De acordo com o banco central o fortalecimento da economia deve-se agora mais à procura interna e menos às exportações.
Uma desaceleração, é certo, mas mesmo assim Portugal deverá crescer acima da média europeia, tendo em conta as previsões do Banco Central Europeu.
Nos dados agora conhecidos, o Banco de Portugal assinala uma mudança nos motores do crescimento. A procura interna passa a puxar mais pela economia, em vez das exportações.
O consumo das famílias cresce mesmo acima da economia, em consequência de haver mais rendimento disponível. O investimento mantém-se acima dos cinco por cento, em especial o realizado pelas empresas.
O mercado de trabalho deverá continuar a evoluir favoravelmente. O Banco de Portugal estima que a taxa de desemprego caia dos 6,1% para os 5,2% entre este ano e 2021.
Como riscos para os próximos anos, o Banco de Portugal destaca as tensões comerciais nos mercados externos. Aponta também constrangimentos ao crescimento a médio e longo prazo, considerando essencial a melhoria da produtividade e a aposta no investimento, tirando partido das baixas taxas de juro.