Bolsa de Lisboa em alta com Mota-Engil a liderar ganhos ao subir quase 7%
A bolsa de Lisboa negociava em alta, com as ações da Mota-Engil a liderarem os ganhos e a subirem 6,67% para 5,44 euros, depois de a construtora ter ganhado o projeto do túnel submerso no Brasil.
Cerca das 09:35 em Lisboa, o PSI mantinha a tendência da abertura e avançava 0,47% para 7.740,09 pontos, com sete `papéis` a subir, seis a descer e dois a manter a cotação (Corticeira Amorim em 7,41 euros e Ibersol em 9,64 euros).
Na sexta-feira, a Mota-Engil ganhou a concessão para construir e operar por 30 anos o túnel submerso entre as cidades brasileiras de Santos e Guarujá, o primeiro do tipo no Brasil e a obra de infraestrutura mais cara do Governo de Lula da Silva.
A obra prevê um investimento de 6,8 mil milhões de reais (1,073 mil milhões de euros) que a concessionária realizará numa parceria público-privada com o Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil e com o Governo regional do estado de São Paulo.
Às ações da Mota-Engil seguiam-se as dos CTT, BCP e Semapa, que se valorizavam 1,41% para 7,20 euros, 1,07% para 0,72 euros e 1,01% para 17,94 euros.
Mais moderadamente, as ações da EDP Renováveis, NOS e Galp avançavam 0,50% para 10,05 euros, 0,38% para 3,92 euros e 0,32% para 15,81 euros.
Em sentido contrário, as ações da Jerónimo Martins, Sonae e REN caíam, designadamente 1% para 21,68 euros, 0,46% para 1,29 euros e 0,34% para 2,95 euros.
As ações da Altri, EDP e Navigator desciam 0,30% para 4,97 euros, 0,29% para 3,74 euros e 0,24% para 3,28 euros.
As principais bolsas europeias abriram hoje com ganhos generalizados, numa semana em que as atenções estarão centradas na reunião do Banco Central Europeu (BCE), que deverá manter as taxas de juro inalteradas.
Quinta-feira será um dos dias mais intensos do calendário económico, já que o BCE deverá manter as taxas em 2,15%, mas o mercado estará atento às declarações de Christine Lagarde e ao comunicado oficial.
Nesse dia, nos Estados Unidos, será publicado o IPC de agosto, com a previsão em termos homólogos a apontar para 2,9% e 3,1% na versão subjacente.
Além disso, são esperados dados sobre subsídios de desemprego, o que dará uma visão mais completa sobre a saúde do mercado de trabalho norte-americano.
A semana começa com os números da produção industrial alemã, que deve ter crescido 1,1% em julho, depois da forte queda de junho.
Além disso, a balança comercial da Alemanha pode apresentar um excedente de 15,7 mil milhões de euros, o que reforçaria o seu papel exportador na zona euro.
Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, subiu hoje 1,45%, depois do anúncio da demissão do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, ter gerado boas expectativas sobre novas políticas económicas no país.
O crescimento do comércio externo chinês desacelerou para 3,5% em agosto, enquanto o Japão reviu hoje em alta, mais duas décimas, o crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, para 0,5%.
Os futuros da bolsa em Wall Street avançam com ligeiras subidas de 0,15% para o Dow Jones e de 0,37% para o Nasdaq.
No mercado de matérias-primas, o ouro por onça `troy`, um ativo de refúgio, continuava a valorizar-se, a subir para 3.609,01 dólares, um novo máximo de sempre e contra 3.586,69 dólares na sexta-feira.
O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em novembro, está a avançar para 66,55 dólares, contra 66,50 dólares na sexta-feira.
A aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, acordou este domingo um novo aumento da produção de petróleo bruto para outubro, de 137.000 barris por dia, um aumento menor do que o aplicado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da procura mundial.
O euro avançava para 1,1731 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1717 dólares na sexta-feira e o novo máximo desde 15 de setembro de 2021, de 1,1789 dólares, em 02 de julho.