Brasil. Governador decidiu não bloquear a Esplanada dos Ministérios

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil disse hoje que o governador do Distrito Federal decidiu não bloquear todos os acessos à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na sequência de um pedido do Governo brasileiro.

Lusa /

"Havia por parte do governo do Distrito Federal uma visão de que a situação estaria sob controle", disse Flávio Dino, em conferência de imprensa.

O governador Ibaneis Rocha, segundo o ministro, "afirmou que a preparação, aqui daquilo que é a ordem pública estava adequada".

"O planeamento que não comportava a entrada de pessoas na Esplanada foi alterada na última hora", denunciou.

"O governador Ibaneis, com toda certeza, ao efetuar um pedido de desculpas públicas ao chefe dos poderes da União, está reconhecendo que algo deu errado nesse planeamento e quero crer que o senhor governador vai apurar as responsabilidades em relação àqueles que não cumpriram seus deveres constitucionais", frisou.

"Há, objetivamente, preferências ideológicas nas instituições atrapalhando o cumprimento de deveres constitucionais",condenou, dizendo que a garantia da ordem pública em Brasília é do Distrito Federal.

O ministro da Justiça disse ainda não querer acreditar que o governador "seja conivente, mas as responsabilizações vão ser feitas".

Flávio Dino apelidou ainda estes atos e de terrorismo. "Isto é terrorismo, é golpismo", disse.

O Presidente brasileiro decretou a intervenção federal em Brasília depois de centenas de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro terem invadido e vandalizado o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes dos poderes legislativo, executivo e judicial.

Os manifestantes, que furaram as barreiras de proteção da polícia, pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.

A Polícia Militar conseguiu, entretanto, recuperar o controlo da sede do STF e o chefe de Estado brasileiro prometeu que todos os responsáveis pelas invasões serão punidos.

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