Brisa mantém dividendo de 31 cêntimos por ação
Lisboa, 18 nov - A Brisa reafirmou hoje a sua política de dividendos, mantendo um dividendo de 31 cêntimos por ação. Em comunicado enviado à CMVM, a cotada afirma que os seus "recursos financeiros" lhe "permitem satisfazer os interesses de credores e acionistas".
A empresa refinanciou-se alargando as maturidades da sua dívida a curto prazo e prorrogou o prazo de tomada firme de papel comercial no montante de 600 milhões de euros, o que lhe "garante uma liquidez sólida", indicou ainda a Brisa no documento enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).
A concessionária prevê uma redução de 1 por cento das receitas em 2012, em resultado da recessão económica. O tráfego, estima ainda, deverá decrescer 6 por cento. Esta queda será parcialmente compensada "pelo impacto positivo de 1 por cento proveniente das SCUT [que passarão a ser portajadas] e pelo acréscimo de 4 por cento nas tarifas de portagem", salientou a cotada, que hoje realiza em Lisboa o Investors Day 2011, no qual irá apresentar os principais factos sobre a sua atividade aos investidores.
Ainda assim, a concessionaria liderada por Vasco de Mello anuncia uma redução dos seus custos operacionais (OPEX) na ordem dos 3 por cento, e uma redução de 10 milhões de euros nas vendas de equipamentos de portagens.
O investimento (CAPEX) deverá decrescer 30 milhões de euros face à anterior perspetiva de 95 milhões e 20 milhões abaixo das estimativas de 85 milhões para o final de 2011, anuncia ainda.
A Brisa está a diversificar a sua presença internacional através de serviços de operação e manutenção com baixas exigências de capital para a Índia e Estados Unidos, apostando em oportunidades de crescimento futuras.
Sublinha ainda que "não se perspetivam investimentos relevantes no curto prazo", destacando que o "único" investimento relevante a ser acompanhado pela Brisa é a privatização da ANA.
"Apesar de localizada em Portugal, a ANA é um ativo em crescimento com uma considerável exposição internacional. Dada a localização no mercado doméstico e estando no sector de infraestruturas de transporte a Brisa terá uma posição competitiva no processo de privatização", acentua o comunicado.